Descriminalização da maconha é debatida na Câmara

AssessoriaDebate aconteceu nesta segunda-feira.

Debate aconteceu nesta segunda-feira.

A Câmara Municipal de Maceió abriu as portas mais uma vez para um debate democrático. Sob iniciativa do vereador Marcelo Gouveia (PRB) uma audiência pública sobre a descriminalização da maconha foi realizada na manhã desta segunda-feira (8) e contou com a presença de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico, do Movimento Força Jovem Brasil em Alagoas, do Arcebispo de Maceió, Dom Antonio Muniz e da psicóloga Claudia Simões.

O primeiro a usar a tribuna foi o vereador Marcelo Gouveia, que aproveitou a oportunidade para deixar clara a sua opinião sobre o tema. “Sou definitivamente contra a legalização da maconha. Descriminá-la vai definitivamente contra o bom senso, o direito, a medicina, a psiquiatria, as neurociências, a psicologia comportamental e a realidade da prática policial, é uma ação extremamente danosa a saúde e à segurança pública”, ressalta o vereador.

Em seguida, o arcebispo de Maceió, Dom Antônio Muniz, se pronunciou e destacou a participação da igreja na recuperação de dependentes químicos. Para o religioso, a melhor alternativa é a prevenção. “Nossa juventude está perdida e a igreja tem procurado, através de casas de acolhimento, recuperar nossos jovens. Temos que conscientizar a sociedade e evitar que mais pessoas se enveredem no caminho das drogas” – disse o arcebispo, convidando os presentes para a Marcha a favor da vida e contra as drogas, que ocorrerá no dia 25 de setembro.

Já o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AL, Gilberto Irineu, ressaltou a importância da ética na liberdade de expressão. “A liberdade de expressão deve estar dentro dos parâmetros de responsabilidade. Se hoje fizermos marcha de descriminalização da maconha, amanhã estaremos fazendo a favor do racismo, da homofobia. Entendo que a maconha por si só se constitui em uma figura ilícita uma vez que ela causa efeitos ilícitos no cidadão”.

Também as vereadoras Heloísa Helena (PSOL) e Fátima Santiago (PP) se mostraram contra a descriminalização da maconha.

“Não é legalizando que vamos melhorar o monitoramento, pois o Brasil sabe que produz e onde se produz drogas ilícitas e não faz nada, pois o tráfico de drogas rende dinheiro aos poderosos deste país”, disse Heloísa, emendada por Fátima Santiago. “O uso da maconha abre as portas para o vício em drogas mais pesadas”.

O presidente da Casa, Galba Novaes (PRB), também mostrou seu posicionamento contra a legalização e cobrou a presença de pessoas que são a favor, no debate. “Cadê as pessoas que são a favor? Era para elas estarem aqui, debatendo, mostrando seu ponto de vista, para que este debate fosse realmente produtivo. Entendo que se não veio ninguém é porque lhes faltam argumentos. Sou contra a descriminalização da maconha, sobretudo devido à devastação que ela causa ao indivíduo e aos lares. Apoio as iniciativas de prevenção, como a jornada integral de ensino, objeto pelo qual venho lutando há três anos” – disse.

Fonte: Ascom Câmara de Maceió

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