Os promotores de Justiça Max Martins e Denise Guimarães, da Promotoria Coletiva Especializada de Defesa do Consumidor da Capital, ingressaram com uma Ação Civil Pública contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com o objetivo de suspender a Copa do Brasil de Futebol Feminino, prevista para ter início no dia 18 de agosto.
Segundo os promotores, a CBF desrespeitou e ignorou o art. 9º caput do Estatuto do Torcedor, que prevê um interstício legal de pelo menos 60 dias para que as entidades promoventes da competição promovam a divulgação do regulamento; das tabelas e o nome do ouvidor da competição.
No caso da Copa do Brasil de Futebol Feminino, a CBF fez a divulgação dos referidos documentos técnicos (regulamento; tabela da competição, entre outros), no dia 27 de Julho.
Para os promotores, pela maneira açodada como foi feita, resta, tão somente, um interstício de 23 dias para o início do campeonato, bem a menor do que é previsto pelo Estatuto do Torcedor, fato que traz inúmeros prejuízos aos times pequenos (como por exemplo, o União Desportiva Alagoana Ltda., que irá representar o Estado de Alagoas na Copa do Brasil Feminina), os quais precisam de tempo para a captação de patrocínios, preparação física, técnica e tática adequadas, bem como, impede que o campeonato possa ser divulgado de forma satisfatória.
O representante alagoano deve estrear na competição na próxima quinta-feira, dia 18, diante do Botafogo (PB), em João Pessoa. A partida está prevista para ter início às 20h. Já o jogo de volta, caso haja necessidade, está previsto para o dia 25, no Estádio Rei Pelé, em Maceió.
No site oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), não há qualquer informação sobre possível alteração de datas da competição ou suspensão do torneio, que reunirá 32 clubes representantes dos 26 estados e do Distrito Federal. A competição, que está na sua quinta edição, tem como atual campeão o Duque de Caxias/RJ.
