PF indicia Antonio Albuquerque por corrupção eleitoral

O deputado Antônio Albuquerque (PTdoB) foi indiciado por corrupção eleitoral nesta terça-feira, dia 16, após prestar depoimento ao delegado federal Felipe Correia, na superintendência da Polícia Federal, no bairro de Jaraguá. Ele foi indiciado por compra de votos durante as eleições do ano passado.

Pela acusação, Albuquerque teria contratado cabos eleitorais para compra de votos durante o pleito. A investigação teve início após a prisão de duas mulheres no dia anterior à eleição. Elas estariam com grande quantidade de dinheiro, supostamente para compra de votos. Após depoimento, a PF descobriu ligação do deputado com as acusadas.

Antônio Albuquerque nega as acusações, mas foi indiciado por corrupção eleitoral.

Este é mais um processo no qual Albuquerque é investigado pela PF. Ele é réu no processo que investiga o desvio de R$ 300 milhões dos cofres públicos da Assembleia Legislativa de Alagoas – que levou à prisão de dez deputados e outros quatro ex-parlamentares durante a Operação Taturana, desencadeada pela PF em 2007.

Além disso, Albuquerque é indiciado no processo que investiga a morte do cabo José Gonçalves, ocorrido em 1996. Ele, o foragido da Justiça João Beltrão e ex-deputado federal Francisco Tenório são apontados como autores intelectuais do crime.

Defesa

Na tarde de hoje o deputado Antônio Albuquerque emitiu uma nota através de sua assessoria de comunicação explicando que compareceu à PF para contribuir com o trabalho realizado pela Justiça e pela Polícia Federal.

E ressalta que "prestou esclarecimentos com relação a um suposto envolvimento com compras de voto". Segundo o advogado Marcelo Brabo Magalhães, Albuquerque está tranquilo.“Temos a convicção de que será provada a inocência do deputado, para, em seguida, adotarmos as providências legais e pertinentes contra quem de direito, visando, assim, a preservação e restabelecimento de sua imagem, conceito, honra e nome”, disse Brabo.

O advogado lembrou, ainda, que seu cliente não têm bases eleitorais ou trabalhos na capital do Estado e que sequer praticou atos de campanha nesta cidade. “Os votos que têm em Maceió são votos de amigos, parentes e simpatizantes”, explicou.

Marcelo Brabo concluiu dizendo seu cliente não adota a prática de compra de votos, não comunga e que sempre repugnou esse tipo de procedimento ao longo da sua vida parlamentar. “Ele não praticou qualquer ato dessa natureza e tampouco consentiu com a sua pratica, sequer tendo conhecimento sobre o mesmo, só vindo a saber de sua existência na data de hoje, não podendo, assim, ser responsabilizado por eventual ato de terceiro, com o qual não consentiu, muito menos se beneficiou”.

Atualizada às 14h30.

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