Como já era esperado, o deputado João Beltrão (PRTB) participou nesta terça-feira, 30, de sua primeira sessão desta legislatura na Assembleia Legislativa de Alagoas. O parlamentar, que tomou posse no cargo na sexta-feira passada, no gabinete da presidência da Casa, manteve a postura discreta e, em sua primeira aparição pública desde que teve a prisão decretada pela 17ª Vara Criminal, em fevereiro passado, não utilizou a tribuna, nem concedeu entrevista coletiva à imprensa.
Questionado sobre a soltura, esta manhã, do ex-coronel Manoel Cavalcante, o deputado, que foi apontado pelo ex-pm como um dos mandantes do assassinato do cabo Gonçalves, limitou-se a afirmar que não conhecia Cavalcante.
No dia da posse, que ocorreu na presença apenas de familiares e do presidente da ALE, deputado Fernando Toledo (PSDB), Beltrão também não se pronunciou sobre o período em que esteve fora da Casa de Tavares Bastos, nem sobre o fato de ter sido considerado foragido da justiça.
Com Beltrão assumindo oficialmente seu quinto mandato como deputado estadual, a expectativa agora gira em torno da possibilidade do parlamentar se afastar novamente do cargo, dessa vez em razão de uma licença médica para tratamento de saúde.
Em entrevista à imprensa na semana passada, os filhos do deputado, Marx Beltrão e Maykon Beltrão, respectivamente prefeitos de Coruripe e Feliz Deserto, afirmaram que o estresse dos últimos meses havia agravado a diabetes do pai e confirmaram a necessidade de tratamento médico.
Os prefeitos, porém, afirmaram que somente João Beltrão poderia decidir se solicitaria ou não a licença médica. Quanto ao assunto, o parlamentar também não confirmou nada à imprensa.
Beltrão, que teve a candidatura impugnada pela Lei da Ficha Limpa, foi beneficiado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que invalidou a Lei em relação às eleições passadas. Agora, com mandato, o deputado que teve 31.542 votos, volta a ter imunidade parlamentar, só podendo ser processado pela justiça com a autorização do Poder Legislativo.