Borges garante empate heróico para o Santos

AEBorges foi o principal responsável pela reação santista

Borges foi o principal responsável pela reação santista

Ambos têm números excelentes na temporada: Leandro Damião é o artilheiro de 2011 no país, agora com 35 gols – 9 deles pelo Campeonato Brasileiro; e Borges ganha ainda mais fôlego na liderança isolada da lista de goleadores da competição nacional, com 14.

Nesta noite de quarta-feira a dupla de centroavantes se enfrentou no Estádio Beira-Rio. Apesar do empate em 3 a 3 entre Inter e Santos, na rodada de abertura do segundo turno, Borges superou o anfitrião: marcou dois gols e ofereceu uma assistência na quase inacreditável reversão de expectativa do jogo, comandando a reação santista do 3 a 0 para a igualdade. Damião, é claro, fez o dele.

No primeiro tempo o contraste foi grande, a favor do Colorado. E Leandro Damião nem precisou carregar o Inter nas costas, como fizera algumas vezes. Ele sequer havia tocado na bola ainda quando Bolivar marcou o primeiro gol.

Com a vantagem no placar, os meias do Inter encontraram espaços entre os volantes e os laterais santistas. Nem a dupla Henrique e Léo conseguia acompanhar Oscar, nem o dueto Pará e Danilo encontrava Andrezinho. Contexto benéfico a Damião.

Indefinida a marcação santista, o Inter cresceu. O centroavante passou a receber passes. E quando o time joga para Damião, ele retribui. Primeiro com o gol em cabeceio, completando cruzamento de Nei; depois, com jogadas incisivas sobre os zagueiros desprotegidos. Em uma delas, bateu sobre a marcação. Noutra, pediu pênalti, alegação ignorada pelo árbitro.

Nos 45 minutos iniciais concluiu quatro vezes, deu apenas três passes – dois certos – cometeu uma falta e recebeu amarelo. Do outro lado, Borges mal aparecia. O camisa 9 santista conseguiu trocar cinco passes, quatro deles corretos, cometeu e sofreu uma falta, e arriscou até mesmo uma jogada pelo lado do campo. Sem, entretanto, sobressair-se – atuação apagada reproduzida pelos protagonistas Ganso e Neymar. Pouco acionado, sucumbiu.

Após o intervalo, Borges ganhou a companhia de Alan Kardec no ataque, mas o Santos seguiu subjugado pelo Inter. Apesar da capacidade ofensiva em dobro, o predomínio colorado acentuou-se, com ainda maior posse de bola, e mais trocas de passes. Borges, agora com Alan Kardec, seguiu órfão.

Curiosamente, a situação se inverteu a partir do terceiro gol do Inter, com Oscar, de pênalti. Alcançado o 3 a 0, o Beira-Rio virou palco da festa antecipada. Torcida cantando, todos felizes. Assegurada a vitória – ao menos aparentemente – o Inter desacelerou. E o Santos desatou as amarras que o mantinham distante da área ofensiva.

E quando Borges está em campo não é prudente considerar o Santos abatido antes do apito derradeiro. Foi dele o primeiro gol alvinegro, em cabeceio daqueles que os fotógrafos adoram registrar: com estilo e técnica. Minutos depois, Borges serviu a Alan Kardec – se os meias não levavam a bola até eles, os centroavantes trataram de resolver o problema sozinhos.

Mas era pouco. Faltava o empate. Novamente sozinho, Borges fez tudo. Emaranhou-se na área rival, enfileirando marcadores que ruíam aos dribles do centroavante santista. Perito, terminal, Borges teve a audácia de, após entortar todo o sistema defensivo do Inter, direcionar a bola ao ângulo superior esquerdo. Um golaço. O 3 a 3. E a consagração de Borges. Em quatro finalizações, dois gols. Não dá para brincar com centroavantes assim…

Fonte: Globoesporte.com

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