Sindicato adotará medidas para garantir legalidade da greve
A forte chuva que caiu na noite desta quinta-feira, 15, não foi capaz de afastar os servidores do município de Pendo que se reuniram em assembléia na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSPEM) e decidiram esperar até a próxima quinta, dia 22 de setembro, para que possam decretar greve por tempo indeterminado no município. A decisão foi tomada pelos servidores após várias questões serem levantadas e discutidas durante a assembléia.
De acordo com o presidente do SINDSPEM, procurador Francisco Souza Guerra (Dr Tico), uma série de medidas devem ser adotadas antes do decreto de greve por parte do sindicato, para que a legalidade possa ser mantida e o diálogo com o prefeito Israel Saldanha (DEM) que não havia se pronunciado com uma proposta até a manhã de ontem (15/09), possa ser estabelecido de forma a atender os anseios e interesses das categorias que pedem um reajuste salarial de 12%.
1 minuto de silêncio
Vale ressaltar que antes do início das discussões, o presidente Dr Tico, pediu para que todos os funcionários do município ficassem de pé e por um minuto fizessem silêncio. O ato foi feito em respeito ao falecimento do filho de uma servidora veterinária do quadro de funcionários da prefeitura de Penedo.
Proposta
Segundo o presidente Dr Tico, o chefe do executivo o convocou por volta das 9 horas da manhã desta quinta, 15, para uma reunião que aconteceu às 11 horas no gabinete do prefeito. A pauta seria a negociação em primeiro momento com os servidores da educação e posteriormente com o restante das categorias, proposta que não foi aceita pelo SINDSPEM.
“O prefeito Israel Saldanha apresentou algumas sugestões e também contrariou o nosso cálculo, colocando dois funcionários à disposição a partir da próxima segunda-feira, 19, para que a possibilidade do reajuste seja analisada e tornar-se real e viável ao município que pode bater o martelo na quinta. O prefeito ainda quis questionar aumento para comissionados, coisa que não tem nada a ver, pois comissionado balança a bandeira de quem for prefeito”, declarou o presidente do sindicato.
Magistério
Professores do município se manifestaram lembrando que no caso de uma greve, todas as outras categorias não são forçadas a repor suas faltas após o término, sendo apenas os educadores obrigados a pagarem as aulas que deixaram de ser dadas. O discurso de alguns funcionários que sugeria a espera de uma proposta mais concreta do executivo chegou a ser vaiada pelos servidores que lotavam o auditório Joaquim Reis de Santana, no SINDSPEM.
Saúde
Servidores públicos que atuam na área da saúde, pediram unidade das categorias e lembraram que desde o mês de maio que os agentes comunitários de saúde estão tentando um acordo com o prefeito Israel Saldanha, e até o momento não tem obtido nenhuma contraproposta que leve a um entendimento entre o executivo e a categoria. “Precisamos dar um choque térmico no prefeito para que ele nos respeite e nos ouça, porque caso contrário continuaremos a ser mais humilhados do que atualmente estamos sendo”, desabafou a agente de saúde Darliana Paulina.
Para o funcionário da saúde e sindicalista, Jorge Seixas é necessário que a greve seja decretada com a adesão de todos para que não fracasse e termine sendo apenas um ato sem consolidação e vontade do trabalhador. “Precisamos entender que a greve é um instrumento de luta e nós temos esse direito”, afirmou o funcionário.
Decisão
Depois de ouvidos todos os questionamentos dos servidores e a atual diretoria do SINDSPEM também se pronunciar, os funcionários públicos do município de Penedo decidiram esperar até a próxima quinta, quando será dado um veredicto ao prefeito Israel Saldanha e a greve será decretada em todos os setores da administração, algo que possibilitará um verdadeiro caos na cidade e prejudicará diretamente a população penedens
