A ministra Nancy Andrighi, relatora do processo de registro do PSD no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), liberou ontem a noite o caso para ir a julgamento hoje (22). A sessão plenária do TSE começa a partir das 19h, e o processo deve ser colocado como prioridade pelo presidente da corte, Ricardo Lewandowski.
O processo de registro nacional do PSD começou a tramitar no TSE no dia 23 de agosto. Desde então, o partido corre contra o tempo para conseguir o aval da Justiça Eleitoral até o dia 7 de outubro, prazo final para que a legenda possa concorrer nas eleições municipais de 2012.
Também participam da ação os quatro responsáveis pelas impugnações do registro: DEM, PTB, PSPB (partido em formação cujo processo de registro também corre no TSE) e o deputado federal Lúcio Quadros Vieira Lima (PMDB-BA). Partidos que ‘sangraram’ com perdas consideráveis, a partir do racha no ninho tucano em São Paulo, quando a nova legenda foi arquitetada.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) vem apontando várias irregularidades no processo, uma delas é que mais da metade das assinaturas de apoiamento colhidas pelo partido não devem ser consideradas válidas.
Em Alagoas, nomes como o de João Lyra e Cícero Almeida encenaram reaproximação política para comandarem juntos o PSD, com direito a lançamento com presenças de lideranças nacionais da sigla, prometendo arregimentar vários políticos com e sem mandatos, da capital ao interior, depois das rusgas nas eleições de 2010 e de mais uma traição no vasto currículo do prefeito de Maceió com os que lhe renderam apoios inclusive – e sobretudo financeiro que pavimentou sua carreira meteórica: restaram as mágoas, que em política, depende do momento, da necessidade ou da ambição.
O medo de não sair o registro a tempo para 2012 forçou ambos a tomar rumos diferentes em partidos, mas, jurando amores eterno mais uma vez. como o prefeito da capital não é de muitos amigos e por muito, é esperar para ver.
Esse julgamento acontece sob olhares de todos os estados, pois saindo o registro em tempo, muitos nomes da oposição pularão de galho, ou reacomodarão a "base aliada" faminta, querendo embarcar no ‘trem-da-alegria’ das benesses dos cargos e aprovação do governo da presidenta Dilma Russef do PT.
