Montagem rápida agiliza reconstrução de casas

Ascom/SeinfraMontagem rápida agiliza reconstrução de casas

Montagem rápida agiliza reconstrução de casas

A novidade chama a atenção de quem visita o canteiro de obras dos residenciais Pedro Tenório Raposo e Major Olavo Calheiros Novaes, em Murici. Mais de 2,3 mil casas do Programa da Reconstrução estão sendo erguidas por meio de uma tecnologia mais rápida que a construção convencional, informou a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) nesta sexta-feira (23).

Fôrmas pré-instaladas são preenchidas diariamente com concreto celular, um tipo especial de concreto que, além de permitir melhor conforto térmico, reduz a produção de entulhos nas construções. A tecnologia está sendo utilizada com sucesso no residencial Pedro Tenório Raposo, onde três casas são erguidas por dia, além das casas já construídas em alvenaria.

De acordo com um dos engenheiros responsáveis pelas obras, Fábio Vieira, mais de 800 casas já estão em fase de acabamento e a previsão é utilizar o concreto celular também no residencial Major Olavo Calheiros.

“O trabalho funciona assim: cada fôrma equivale a uma casa inteira, que é montada e depois preenchida com concreto celular. O processo para desmontagem dura um dia e então a fôrma já vai ser montada para outra casa. Essa tecnologia reduz a geração de entulhos na obra e proporciona ao morador da casa um conforto térmico, já que esse tipo de concreto não propaga calor”, explica o engenheiro Fábio Vieira, da empresa Telesil.

Geração de emprego
Os residenciais Pedro Tenório Raposo e Major Olavo Calheiros Novaes estão sendo construídos por meio do programa Minha Casa, Minha Vida e serão destinados aos desabrigados das enchentes que atingiram Alagoas em 2010. Mais de 50% das obras já estão concluídas e cerca de 800 homens trabalham nas construções.

Para o secretário de Estado da Infraestrutura, Marco Fireman, a geração de empregos é um dos fatores mais importantes dos empreendimentos. “Nossa orientação desde o início foi que as empresas dessem prioridade aos trabalhadores locais. Muitos dessas pessoas estavam ociosas e foram capacitadas para atuar nas construções”, diz Fireman.

Seguindo orientação do governo de Alagoas, as empresas Telesil e Engemat deram prioridade à contratação de mão-de-obra local. Mais de 500 dos trabalhadores da obra são de Murici ou de regiões vizinhas, incluindo vítimas das enchentes, como oservente de obras José Adriano Barbosa, de 30 anos.

O morador relembra com tristeza o momento de aflição, quando viu a casa da família sendo destruída pela enchente. “Na agonia das coisas, só deu tempo de salvar minha mãe, que só não morreu porque a puxei pelo braço. Perdi um familiar e todas as minhas coisas”, desabafou José à equipe da Seinfra.

Mas, para ele, trabalhar na construção da própria habitação e de tantos outros amigos também vítimas das enchentes é um consolo e uma alegria. “Estou muito aliviado e feliz por saber que vou ter uma casa para morar com minha família e uma casa ainda mais segura do que a que eu tinha. Estou muito feliz por estar construindo minha própria casa”, diz José Barbosa.

União dos Palmares
Em União dos Palmares, a empresa Sanco também inovou para agilizar a construção das casas para os desabrigados das enchentes. Paredes pré-produzidas em fôrmas de aço permitem que várias casas sejam erguidas diariamente. No Residencial Newton Pereira Gonçalves, a tecnologia intensificou o ritmo das construções 2.020 casas e o conjunto será um dos primeiros a serem entregues em Alagoas.

A cobrança por trabalhos diuturnos vem sendo feita pelo governo estadual desde o início das contratações das empresas junto à Caixa Econômica Federal. Para a superintendente de Política Habitacional da Seinfra, Marisa Perez, os investimentos realizados pelas empresas em novas tecnologias é resultado do acompanhamento do governo estadual sobre as obras.

“Desde o início dos trabalhos, o governador Teotonio Vilela Filho tem sido enfático com os empresários sobre a necessidade de agilizar a entrega das casas para os desabrigados, principalmente aqueles que vivem em condições difíceis nos acampamentos. Ainda neste ano, teremos a alegria de começar a entregar as casas”, diz Marisa Perez.

No total, 17,6 mil casas estão sendo construídas para as vítimas das enchentes no Estado. As casas possuem 41 m2, divididos entre sala, cozinha, banheiro, dois quartos e área de serviço.

Fonte: Ascom/Seinfra

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