Comando Nacional dos Bancários se reúne hoje para ampliar a greve

Diante do silêncio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em retomar as negociações e apresentar uma nova proposta salarial aos bancários, o Comando Nacional da categoria se reúne às 15 horas de hoje, em São Paulo, para avaliar a greve nacional e buscar ampliar o movimento. A reunião será na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e terá a participação do presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Jairo França.

A greve começou na última terça-feira, dia 27 de setembro, e paralisa bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. Segundo Jairo França, o movimento é forte, crescente e atingirá nesta segunda-feira todos os estados do país com a adesão dos bancários de Roraima. Na última sexta-feira (30), quarto dia de greve, foram paralisadas 7.865 agências e centros administrativos em todo o país, segundo balanço da Contraf-CUT.

Em Alagoas, o índice de paralisação, segundo o Sindicato dos Bancários, é de 75,16%, com 115 das 153 agências bancárias do Estado fechadas. Os interditos proibitórios concedidos pela Justiça ao Bradesco e Itaú reabriram 26 unidades dos dois bancos, mas não arrefeceram a greve dos bancários alagoanos, que segue forte no Santander, HSBC, Safra, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste, entre outras instituições financeiras.

"Na reunião do Comando Nacional vamos avaliar a força do movimento em cada estado e intensificar ainda mais as paralisações, a fim de quebrar a intransigência dos bancos públicos e privados. Nós apostamos no diálogo e na negociação para resolver o impasse", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Os bancos, que lucraram mais de R$ 27,4 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, têm plenas condições de fazer uma proposta que seja capaz de atender as justas reivindicações dos seus funcionários", ressalta.

Os bancários entraram em greve após rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 8%, que representa apenas 0,56% de aumento real.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8% (5% de aumento real mais a inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, mais segurança, igualdade de oportunidades e melhoria do atendimento aos clientes.

Fonte: SEEB

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