Vereador fala sobre ‘Caso Ceci’ na Câmara de Maceió

Às vésperas do julgamento do Caso Ceci Cunha, familiares e amigos clamam por Justiça e esperam que os acusados, finalmente, recebam a punição legal e prevista no código penal. O assunto foi tema de debate na Câmara de Maceió durante a sessão ordinária desta terça-feira (22).

No plenário da Câmara, o vereador por Maceió, Paulo Corintho (PDT), participou do debate e revelou o sentimento de aflição que alguns familiares sofrem. “Infelizmente, Alagoas é conhecida nacionalmente por seus crimes políticos. Espero que o caso Ceci Cunha seja diferente. Os familiares vivem a expectativa que finalmente seja feita Justiça e a sociedade alagoana exige uma resposta”, colocou.

Segundo Corintho, o respectivo julgamento será um dos dez casos de impunidade selecionados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que mais afetam hoje a credibilidade do Poder Judiciário e mancham a imagem do país no exterior. “Não podemos aceitar que o crime político seja pregado, anunciado pela impunidade. Chegou a hora de darmos uma basta e declarar que Alagoas deixou este triste passado para trás e vive uma nova realidade”, expôs.

Ainda em seu pronunciamento, o vereador lamentou a demora na realização do julgamento e cobrou agilidade em outros casos. “Em nosso país temos políticos que deturpam o uso da imunidade parlamentar, temos vários casos. Mas creio que tão logo viveremos um novo amanhã mais animador, com o fim da ‘impunidade’ parlamentar”, pontuou.

Está marcado para o dia 16 de janeiro de 2012 o júri popular dos assassinos da deputada federal Ceci Cunha (PSDB-AL). À época, a parlamentar recém-empossada foi fuzilada com o marido e dois parentes em casa.

O ex-deputado Talvane Albuquerque, acusado de ser o mandante do crime, e os quatro suspeitos apontados como autores não têm mais chance de adiar o julgamento. O juiz André Granja, da 1.ª Vara Federal de Alagoas, decidiu que novos recursos, sempre possíveis no sistema penal brasileiro, não terão efeito suspensivo e só serão apreciados depois do julgamento.

Em mais de 12 anos de tramitação, o processo sofreu várias reviravoltas, envolvendo conflitos de competência entre a Justiça Federal e a Estadual, além de sucessivos recursos movidos pelos réus, o que atravancou a ação. Mesmo após a confissão de participantes do assassinato e a conclusão da investigação, o caso ainda não teve um desfecho e os réus estão até hoje em liberdade.

“Em pleno século XXI não podemos aceitar que o engavetamento político dos inquéritos sirva como empecilho para que não se faça Justiça. Alagoas não é mais terra dos coronéis. É necessário que o Judiciário fique atento para esses casos, lógico que obedecendo todos os tramites processuais”, finalizou o vereador.

Fonte: Ascom Paulo Corintho

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