Sessão discute situação das árvores da AL 220

AssessoriaParentes de vítimas de acidentes na AL 220

Parentes de vítimas de acidentes na AL 220

O deputado estadual Joãozinho Pereira foi um dos participantes da sessão pública que ocorreu na Câmara Municipal de Arapiraca na manhã desta sexta-feira (25.11.11) onde foi discutida a legalidade da retirada das árvores da AL 220, trecho localizado entre os municípios de Campo Alegre e São Miguel dos Campos. A sessão pública foi proposta pelo vereador Daniel Rocha e contou com a presença do diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente, Adriano Jorge, de ambientalistas, de famílias de vítimas que faleceram após acidente no referido trecho. Segundo relatório levantado pelo Departamento de Estradas e Rodagens, entre 2008 e 2010, morreram 87 pessoas naquela região.

“Arapiraca dá o ponta pé inicial com essas discussões e os municípios de Limoeiro de Anadia, Campo Alegre e São Miguel dos Campos também abraçarem a causa e irão realizarsessões públicas para discutirem a questão. Limoeiro já marcou para o dia 9 de dezembro, às 9 hs na Câmara Municipal. Estamos colhendo as informações da população e das famílias das vítimas que sofreram com os acidentes da AL 220. Queremos discutir com os órgãos competentes, a exemplo do IMA, DER e Ministério Público para ouvirmos cada um deles com sua contribuição. Esse assunto não pode ser discutido apenas na Semana Nacional do Trânsito, que aconteceuma vez por ano. Temos que envolver os ambientalistas e a Usina Porto Rico, uma das responsáveis pelo plantio das árvores há 30 anos. Inclusive seus gestores têm a excelente proposta do replantio, assim como também defendo de a cada árvores retirada três devem ser plantadas”, informou o parlamentar.

Pereira informou ainda que após a discussão nos municípios, o assunto vai ser levado à Casa de Tavares Bastos em uma grande sessão pública que reunirá os representantes dos órgãos responsáveis, a população e todos que se interessam pelo tema . “É um debate democrático, o que não podemos é continuar vendo famílias sofrerem com a perda de seus entes queridos. Defendo a alternativa de fazer o replantio antes da retirada, porque em primeiro lugar temos que olhar a vida das pessoas. Quantas já não morreram nesse trecho e quantas ainda terão que morrer para que os órgãos competentes tomem sua posição, porque dentro das normas da Lei Nacional do Trânsito elas estão plantadas em local errado”, completou.

O vereador Daniel Rocha informou que as discussões têm como foco sensibilizara comunidade de Arapiraca sobre o problema. “Estamos ouvindo a população para confrontarmos com o que pensam os órgãosresponsáveis pelas rodovias estaduais de Alagoas. O fato é que as árvores estão plantadas em local errado e temos que nos mobilizar para que novos acidentes não aconteçam. Esperamos que soluções cheguem para proteger as árvores ou que elas sejam retiradas com a compensação ambiental de um número maior. Entre 2006 a 2010, 92 pessoas faleceram após acidente naquele trecho. É papel dos vereadores e da Assembleia Legislativa cobrar do governo do Estado para que possamos trafegar naquela rodovia com mais tranquilidade”, afirmou Daniel Rocha.

Momentos de emoção tomaram conta da sessão pela presença de várias pessoas da família Alcântara, vítima fatais no dia 15 de setembro deste ano de acidente próximo ao município de Campo Alegre, onde faleceram pai, mãe, filha, avó e avô. “Não queremos que mais famílias venham a passar pela dor que estamos passando. Sabemos dos inúmeros acidentes na AL 220 e somo de total acordo pela retirada das árvores. Queremos que a sociedadese engaje nessa luta. É importante que essa medida seja levada adiante”, cobrou.

Solidário às discussões, o diretor- presidente do IMA, Adriano Augusto, garantiu que irá acompanhar a evolução das discussões, mas que precisa ser discutido partindo de todos os aspectos porque são mais de 1.600 árvores ali plantadas.

“Há um clamor da sociedade arapiraquense e de outros municípios no entorno dessa artéria extremamente pertinente, todavia, se trata de espécies plantadas em uma época que não havia legislação que determinasse a forma correta sob o ponto de vista ambiental. Parabenizo a iniciativa do poder Legislativo em iniciar a construção desse debate da forma correta e envolvendo a sociedade, motivando as audiências públicas que são o instrumento maior que possa sinalizar por um entendimento pela supressão ou não. Há dois anos e meio os gestores da usina Porto Rico procurou o IMA alegando que da criação da usina até hoje já houve 12 mortes de pessoas da empresa devido a acidentes na AL 220”, concluiu Argolo.

A sessão recebeu o promotor de Justiça, Geraldo Magela, parabenizou a iniciativa pela forma democrática como o tema está sendo tratado trazendo à tona uma discussão que interessa a toda população e reforçou a defesa à vida, lembrando histórias de amigos que foram vitimados após colidirem com uma árvore na AL 220, deixando seus filhos órfãos.

Vereadores de Limoeiro de Anadia, Campo Alegre, Arapiraca e São Miguel dos Campos também participaram da sessão.

Fonte: Ascom Joãozinho Pereira

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