Câmara de Arapiraca discute retirada das árvores da AL 220

Ascom

Familiares de vítimas também participaram do debate

Nesta sexta-feira, foi realizada audiência pública na Câmara Municipal de Arapiraca, para discutir o grande número de acidentes fatais, na AL 220 no trecho entre Campo Alegre e São Miguel. A audiência faz parte de uma mobilização das Câmaras de Arapiraca, Limoeiro de Anadia, Campo Alegre, São Miguel e a Assembleia Legislativa para que após as audiências públicas realizadas nessas cidades, possa ser formulado um documento constatando o grande número de vítimas naquele trecho da estrada e sugerindo ações do Governo Estadual, para evitar que mais acidentes fatais venham a acontecer.

Estiveram presentes diversas autoridades: Deputado Estadual Joãozinho Pereira, Doutor Geraldo Magela – representante do Ministério Público, Adriano Jorge, Presidente do IMA – Instituto do Meio Ambiente, vereador Toinho de Limoeiro de Anadia, vereador Jura, de Campo Alegre e vereador Elcio, de São Miguel dos Campos.

Durante a audiência foram apresentados dados referentes ao numero de acidentes com vítimas fatais ocorridos na localidade. De acordo com o DER (Departamento Estadual de Estradas e Rodagens), entre 2008 e 2010, foram 87 óbitos de condutores e passageiros de veículos.

Em 2011 já foram registrados três acidentes com colisões em árvores que resultaram em morte, sendo que em uma das colisões, 5 pessoas da mesma família vieram a falecer .

Familiares das vítimas que faleceram naquela região, estiveram presentes na audiência e relataram a dor da perda de seus entes queridos, ressaltando que é necessário que medidas sejam tomadas, a fim de evitar que novas tragédias venham a acontecer. Ambientalistas arapiraquenses também estiveram presentes e contestaram a informação de que as árvores alí plantadas são o motivo principal de tantos acidentes fatais.

Daniel Rocha escutou atentamente o deputado Joãozinho, que disse ter conversado com a Usina Porto Rico, que segundo ele, se comprometeu em doar um terreno e que a ideia é nesse espaço, plantar 3 vezes o número de árvores que tiverem que ser retiradas. O promotor Dr. Geraldo Magela que também demonstrou sua preocupação com tantos acidentes envolvendo conterrâneos , se comprometeu em levar essa discussão para o Ministério Público Estadual, tendo em vista que esse problema não é só de uma cidade, e sim de toda uma região. Nas suas considerações finais, o diretor do IMA, Dr. Adriano Jorge, admitiu que as árvores estão plantadas em um local que oferece risco a quem trafega naquela localidade e se disse preocupado com relação ao número de acidentes fatais, informando que existe a possibilidade de supressão das árvores, desde que os órgãos competentes e a iniciativa privada se unam e consigam viabilizar uma compensação ambiental.

Ao término da reunião, ficou acordado entre todos, que esse debate continuará e a data será 09 de dezembro, na cidade de Limoeiro de Anadia, onde será realizada a segunda audiência pública.