Denúncias de JHC repercutem na Assembleia Legislativa

Apesar de se declarar solidário aos questionamentos de JHC, Cabral discordou da forma como o colega procedeu: 'Ele (JHC) não pode colocar o nome de todos os parlamentares no lixo'.

Railton Teixeira/Alagoas24Horas/ArquivoRailton Teixeira/Alagoas24Horas

Railton Teixeira/Alagoas24Horas

Como já era de se esperar, as declarações do deputado João Henrique Caldas (PTN) acerca de um suposto esquema envolvendo o pagamento de Gratificações por Dedicação Exclusiva (GDEs) na Assembleia Legislativa de Alagoas repercutiram na sessão desta quinta-feira, 1º, no plenário da Casa de Tavares Bastos.

Primeiro a repercutir o assunto na tribuna da Casa, o deputado Judson Cabral (PT) afirmou que nunca solicitou – nem recebeu – a GDE e cobrou explicações não somente à Mesa Diretora, mas ao próprio parlamentar autor das denúncias.

Apesar de se declarar solidário aos questionamentos de JHC, Cabral discordou da forma como o colega procedeu: “Ele (JHC) não pode colocar o nome de todos os parlamentares no lixo. Desconheço esse recurso e acho que, se ele recebeu e se o propósito era ajudar, deveria ter devolvido no segundo ou terceiro mês e não ter esperado tanto tempo. Esse dinheiro poderia, inclusive, ter ajudado na implantação do Plano de Cargos e Carreiras dos servidores da Casa”, afirmou o petista.

Em apartes, os deputados Olavo Calheiros (PMDB), Antônio Albuquerque (PTdoB), Ronaldo Medeiros (PT) e Jeferson Morais (DEM) também cobraram um posicionamento da Mesa Diretora acerca das denúncias, classificadas como “gravíssimas”.

Morais relatou ainda que ficou constrangido ao ser questionado, pela imprensa, se também recebia as gratificações. “Respondi que não, pois se recebesse, não poderia encarar meus filhos da forma como faço tranquilamente”, contou.

Já o deputado Temóteo Correia (DEM) defendeu a Mesa Diretora ao avaliar que o pronunciamento de JHC "não foi feliz", sendo fruto da juventude do parlamentar. Antes do início da sessão, em entrevista à imprensa, Correia já havia classificado a fala de JHC como “loucura”.

Ao final dos discursos dos colegas, JHC resumiu a polêmica afirmando que tudo pode ser resolvido facilmente, logo que a presidência da ALE responda a todos os questionamentos feitos por ele, por meio de ofício.

O deputado Marcelo Victor (PTB), 2º secretário da Casa, garantiu que a Mesa dará as explicações solicitadas pelos parlamentares, mas não estipulou prazos para isso.

Fonte: Com Sessão Pública

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