Greve dos aeroviários pode mobilizar 100 mil trabalhadores em todo o Brasil

Daia Oliver/R7Empregados das companhias aéreas prometem cruzar os braços na quinta-feira (22) se não houver acordo salarial

Empregados das companhias aéreas prometem cruzar os braços na quinta-feira (22) se não houver acordo salarial

A greve anunciada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas e pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários a partir das 23hs da próxima quinta-feira (22) deve mobilizar 100 mil trabalhadores de todo o país às vésperas das festas de fim de ano. Os aeroviários são os funcionários que trabalham nos aeroportos, enquanto os aeronautas trabalham dentro do avião: piloto, copiloto e comissários de bordo.

Só em São Paulo, onde há o maior fluxo de voos do país, até 20 mil pessoas podem cruzar os braços em razão da recusa do sindicato patronal – Snea (Sindicato Nacional da Empresas Aeroviárias) – de reajustar os salários em 8%, como determinou o TST (Tribunal Superior Eleitoral).

A categoria pede reajuste de 13%, mas as companhias, que inicialmente ofereceram 3%, não reajustam mais do que 6,17%. A princípio, a greve duraria 24h, mas a ameaça é de que ela se prolongue por tempo indeterminado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Aeroviários de São Paulo, Reginaldo Alves de Souza, que pertence à Força Sindical, seus filiados podem desistir da greve se o patronal voltar atrás, o que é “improvável”.

– Nós aceitaríamos os 8% propostos pelo TST. Se o Snea não propuser nada até amanhã, nós entramos em greve. Ao todo cerca de 100 mil pessoas serão chamadas a parar. Nós também temos o apoio dos aeroportuários, que são funcionários públicos.

Já os filiados da CUT (Central Única dos Trabalhadores) não querem saber de voltar atrás. A assessoria afirmou à reportagem que todos os seus filiados serão orientados a aderirem à paralisação.

Aeroviários anunciam greve
No documento enviado à Justiça, os sindicatos das duas categorias anexaram um estudo que mostra que, nos últimos cinco anos, o setor aéreo cresceu, em média, 15,37% ao ano. Já os trabalhadores, segundo o estudo, receberam aumento real de 7,79% no período.

A paralisação deverá provocar filas e abarrotar os saguões dos aeroportos brasileiros, sobretudo nos mais movimentados, como os de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo; Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro; e o de Brasília.
Juntos, esses aeroportos receberam 70,5 milhões de pessoas entre janeiro e outubro deste ano, segundo a Infraero (estatal que administra a maioria dos aeroportos brasileiros). Isso dá uma média de 7 milhões de pessoas por mês ou 235 mil pessoas por dia.

Fonte: R7

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