Alagoana Marily comemora alteração no percurso da São Silvestre

Fernando Borges/Especial para TerraAlagoana Marily comemora alteração no percurso da São Silvestre

Alagoana Marily comemora alteração no percurso da São Silvestre

A brasileira Marily dos Santos não escondeu sua felicidade com a mudança de percurso da São Silvestre, que a partir de 2011 acabará após um trecho longo de declive. Fã de descidas durante as provas, a atleta brincou com seu sobrenome, referindo-se ao dito popular que "para baixo todo santo ajuda".

"Essa mudança de percurso acaba com qualquer favoritismo. Eu agradeço às pessoas inteligentíssimas que mudaram isso. Eu gosto tanto, mas tanto de descida, que meu nome é Marily dos Santos e na descida todo santo ajuda", disse a brasileira, na entrevista coletiva oficial da São Silvestre.

No novo percurso da prova paulistana, os atletas realizarão a tradicional subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, mas em vez de virar na Avenida Paulista como anteriormente, seguem na via em direção à rua Manoel da Nóbrega, chegando à avenida Pedro Álvares Cabral, com o palco da chegada na praça Túlio Fontoura, em frente ao Obelisco. São cerca de 2 km de descida, logo após uma das partes mais exigentes da corrida.

A alteração, provocada devido à falta de espaço na Avenida Paulista, que no dia 31 de dezembro também é palco da festa de reveillon, gerou uma polêmica. No início de novembro, cerca de 150 pessoas se reuniram na Avenida Paulista para protestar contra a falta de apego à tradição do evento, que está em sua 87ª edição. Elas argumentaram ainda que o novo trajeto pode provocar lesões devido à íngreme descida – elogiada por Marily.

"É muito bom ter essa variação, esse sobe e desce. São várias alternâncias na musculatura", avaliou a atleta, terceira colocada da São Silvestre em 2008 e 2009. "Se subir forte e não descer forte, acho que não dá certo. Estamos aí para brigar de igual para igual e acredito que teremos brasileiras pelo menos no pódio", completou.

A última atleta nacional a vencer a disputa feminina da corrida no último dia do ano foi Lucélia Peres, em 2006. Desde então, quatro vitórias de africanas. Duas da queniana Alice Timbilili (2007 e 2010), uma de sua compatriota Pasalia Kikpoech Chepkorir (2009) e uma da etíope Ymer Wude Ayalew.

Nesta quinta-feira, Marily foi escalada para dar entrevistas ao lado de Adriana Aparecida da Silva, campeã pan-americana da maratona, Maria Zeferina Baldaia, campeã da São Silvestre de 2001, Cruz Nonata, prata nos 5 mil e 10 mil metros no Pan, e da revelação Tatiane de Carvalho, consideradas as brasileiras favoritas ao título.

"Eu acho que não sou uma das brasileiras favoritas, me colocaram assim. Mas estou leve, solta e acho bom correr sem essa pretensão", afirmou.

Fonte: Gazeta Esportiva

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