O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado que poderá criar ou salvar até quatro milhões de empregos. A meta é superior a anterior, onde o democrata afirmou que o plano de recuperação americano –que poderá chegar a US$ 800 bilhões em dois anos– poderia criar três milhões de empregos.
"Destes empregos, 90% serão criados no setor privado, e os 10% restantes são principalmente empregos públicos que salvaremos, como os professores, policiais, bombeiros e outros que fornecerão serviços vitais em nossas comunidades", disse o presidente eleito no programa semanal de rádio.
Segundo reportagem divulgada hoje pelo jornal "Washington Post", os empregos que poderão ser criados irão ajudar na indústria. "Serão postos de trabalho que além de ocupar os trabalhadores, colocarão a nossa economia novamente nos trilhos", disse Obama.
Nesta sexta-feira (9), Obama fez um discurso onde afirmou que a situação de recessão poderá ser prolongada por anos se o Congresso não aprovar o plano em breve. A ajuda é considerada o programa mais ambicioso de retomada da economia desde a Grande Depressão dos anos 30.
Obama fez este anúncio um dia depois de ter sido anunciado que a economia americana perdeu 2,6 milhões de empregos em 2008, o maior número desde 1945, e que a taxa de desemprego nos EUA subiu em dezembro para 7,2%.
A esse dado estatístico se somam "outros 3,4 milhões de americanos que querem e precisam de empregos em tempo integral, mas que tiveram que se contentar com empregos em tempo parcial", disse o presidente.
"Estes números são uma lembrança desoladora de que não podemos simplesmente continuar no mesmo rumo", disse Obama, após manifestar sua confiança no plano de estímulo que seu governo lançará e que permitirá criar empregos em "uma variedade ampla de indústrias".
Especificamente, o presidente eleito disse que quase 500 mil empregos serão criados com investimentos em energia limpa. Já a modernização das áreas de saúde e educação garantirão outras "centenas de milhares de empregos", enquanto o emprego de recursos em infraestruturas gerará mais 400 mil vagas.
