O corintiano pode demorar mais do que imaginava para ver a estreia de Ronaldo com a camisa do time. O motivo não é o peso, o preparo físico ou falta de ritmo. A falta de força muscular na perna esquerda é o grande empecilho para o Fenômeno voltar aos gramados.
"Ainda não é o momento de fazer prognósticos para a estreia. Venho fazendo muitos testes, avaliações. Para se ter noção clara da espera, fiz uma última avaliação em máquina que avalia o equilíbrio entre os músculos, e a diferença segue grande, de 30%", revelou o próprio jogador nesta quinta-feira. "Falta só força, mas é um risco muito grande voltar a jogar agora. O ideal é quando os músculos estiverem completamente equilibrados".
Descontraído, Ronaldo falou por 32 minutos destes quase dois meses de Corinthians. Como nas outras entrevistas, arrancou gargalhadas, pediu para evitarem falar de sua vida particular – "não quero viver no mundo das celebridades, apenas do futebol" – e usou sua primeira grave lesão no joelho para evitar o clima sobre a possível estreia.
"Nela, demorei um ano e seis meses para voltar. No dia 14 de fevereiro vou completar apenas um ano desta nova lesão. Ainda está cedo", observou. "Peço paciência dos meus torcedores, dos corintianos, da imprensa. Não estamos esperando só para criar ansiedade", jurou.
Ronaldo afirmou que tem preferência por estrear em casa. "Se puder escolher, acho que não tenho esse direito, mas se pudesse, queria jogar a primeira em casa. Entrar em campo e ver a multidão gritando". Dia 11 de março o Corinthians recebe o São Caetano, data pouco provável. No mês, como mandante, o time ainda encararia o Santos, dia 22 (a FPF é quem escolherá o local), a Ponte Preta, dia 25) e, caso não elimine o jogo de volta da Copa do Brasil, hospedaria o Itumbiara, no dia 19.
O atacante também fez questão de enfatizar sua perda de porcentual de gordura. Está visível sua redução de peso. "Hoje, estou com 11,7 de porcentual. Quando cheguei, era de 15,5. E a média dos jogadores é entre 10 e 12. Já estou no nível. Só que sinto uma diferença quando estou com os companheiros. Na hora da arrancada, a perna direita empurra, puxa para frente e a esquerda ainda segura".
Fonte: Agencia Estado
