Da AE
O policial militar Ederli da Silva matou a ex-mulher Roseane Venceslau Rodrigues e feriu a bala outras três pessoas, entre elas a ex-namorada Romilsa Alessandra Albado Dias, na noite de quinta-feira em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba.
Segundo testemunhas, Silva estava embriagado e encontrou a ex-namorada em um bar no bairro do Pitel, na companhia de um homem. Acometido por ciúmes, o policial começou a discutir com a vítima. As agressões verbais se acirraram e ele então sacou a arma e fez os disparos. A ex-namorada caiu na calçada e foi socorrida pelo amigo, Marco Túlio Othero, que também acabou baleado de raspão.
O policial fugiu do local e foi até a casa da ex-mulher Roseane, 37 anos, que morava com dois filhos do casal, de 11 e 16 anos, e com o atual marido. O filho mais novo abriu a porta e o policial insistiu que ele chamasse a mãe. Ela não queria atender, mas diante da insistência saiu no quintal para falar com o PM. A cena se repetiu: discussões e disparos. Roseane levou três tiros no peito e morreu na hora. O crime aconteceu na frente do filho. O marido de Roseane, Ademir Siqueira, ao ouvir os disparos, saiu para defender a mulher e acabou baleado.
As duas mulheres já haviam registrado três boletins de ocorrência contra o PM por ameaças. "Ele sempre foi muito agressivo e não se conformava com o fim do relacionamento", afirmou Donizete Dias, tio de Romilsa, que tem 28 anos. Silva fugiu e continua sendo procurado pela polícia.
De acordo com o Comando da Polícia Militar o suspeito, de 44 anos, respondia pela morte de um traficante e também por três ameaças. Ele era mantido em serviços administrativos e não atuava mais no policiamento ostensivo. Ainda segundo a polícia, o agente chegou a mandar uma carta para uma das vítimas informando que a mataria. "Vou pedir a prisão temporária dele de trinta dias", disse o delegado Márcio Celso Senne.
