Albuquerque rompe silêncio e diz que ocupação da ALE foi ‘ato de políticos fracassados’

Alagoas24horas/ArquivoPresidente afastado da ALE, Antonio Albuquerque, disse que manifestação foi organizada por políticos fracassados

Presidente afastado da ALE, Antonio Albuquerque, disse que manifestação foi organizada por políticos fracassados

O presidente afastado da Assembleia Legislativa de Alagoas, Antonio Albuquerque (sem partido), rompeu o silêncio e afirmou, em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira, dia 18, que o ato público realizado ontem, na ALE, foi ‘ridículo’ e que foi orquestrado por pessoas que nunca ganharam uma eleição.

Albuquerque afirmou que foi pessoalmente olhar a manifestação, composta – segundo sua avaliação – “por pessoas pobres e abandonadas, lesadas pela ausência do Estado e que foram utilizadas como massa de manobra por políticos fracassados”.

O político, que foi apontado pela Polícia Federal como chefe da organização criminosa que desviou mais de R$ 280 milhões da Assembleia Legislativa de Alagoas, disse que aguarda que a Justiça o convoque para que ele possa finalmente se defender. “O ônus da prova cabe a quem alega, eu sequer fui denunciado e não pude apresentar minha defesa”, alegou.

Albuquerque disse, ainda, que várias pessoas que estavam no protesto já o teriam procurado para pedir favores, no que foram atendidos prontamente, e agora figuram como seus opositores. O presidente afastado do parlamento alagoano citou nominalmente o presidente da Almagis, Maurílio Ferraz, e o presidente CUT, Isak Jackson. “As pessoas perderam a noção do perigo que pode ser o desrespeito às leis, por isso irei questionar judicialmente as pessoas e as entidades que realizarem ataques pessoais a mim e a minha família”.

O parlamentar afastado questionou a representatividade da manifestação realizada ontem, quando trabalhadores rurais, índios, líderes sindicais e a sociedade civil organizada ocuparam a sede do parlamento e elegeram deputados populares e votaram pela cassação dos indiciados na Operação Taturana. “Não sei até onde o clamor popular é verdadeiro em uma manifestação que reuniu pouco mais de 300 pessoas”, avaliou o político.

Albuquerque destacou que o afastamento dos deputados apenas interessou aos suplentes e que teria elaborado um dossiê sobre o crescimento anormal do patrimônio dos novos deputados. O deputado citou, por exemplo, o suplente José Maria Tenório, que seria integrante da Folha 108 – com salário de aproximadamente R$ 4 mil -, e falou do crescimento do patrimônio destes políticos, que teriam adquirido recentemente carros de luxo e mansões na beira da lagoa.

O político disse ter absoluta consciência da sua inocência e que “nunca desviou um centavo sequer do Poder Legislativo”. Albuquerque disse aguardar que a Justiça alagoana devolva o seu mandato – e dos seus pares – que foi conquistado graças à vontade popular. "Vivemos números de guerra em Alagoas", referindo à violência em Alagoas.

Antonio Albuquerque denunciou, ainda, que possui fotografias e filmagens que atestam a distribuição de latas de cachaça durante os atos públicos organizados contra ele. "As pessoas nem sabem porque estão ali", desafiou.

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