Especialistas dão dicas para curar a ressaca

O consumo excessivo de álcool traz diversas consequências para o corpo, mas os foliões só percebem “o estrago” quando o carnaval acaba. O álcool é metabolizado pelo fígado e, em excesso, desequilibra o metabolismo, causando hipoglicemia (queda do açúcar no sangue) e até desidratação – com o aumento da diurese, o corpo libera mais líquidos através do suor e da urina.

Voltar ao batente com os sintomas da ressaca pode ser uma tortura, mas só para quem não sabe se cuidar. Segundo Carina Weishaupt Vieira Lima, nutricionista-chefe do Hospital das Clínicas, beber bastante líquido é o melhor remédio para “curar” a ressaca. “O corpo precisa eliminar o álcool através da urina. Além de muita água, isotônicos e sucos são indicados, pois recompõem a perda de sais minerais”, explica a nutricionista.

Na hora do almoço, Carina aconselha evitar alimentos gordurosos, “que irritam o estômago”, e preferir comidas leves, como frutas, legumes, carnes magras grelhadas e alimentos preparados com pouco óleo.

Para evitar sintomas desagradáveis no dia seguinte de uma festa, a dica da nutricionista é intercalar copos de bebidas alcoólicas com outras bebidas, como água e sucos de fruta. “Eles irão repor os líquidos, sais minerais e açúcar evitando assim a hipoglicemia e a desidratação”, explica.

A nutricionista explica que o álcool não é um vilão: “O consumo baixo ou moderado é protetor do sistema cardiovascular”. Já o exagero pode levar ao aparecimento de doenças. “O consumo abusivo em longo prazo pode desencadear doenças hepáticas alcoólicas como a esteatose hepática (acúmulo de triglicerídeos na célula do fígado), hepatite alcoólica (quando o consumo excessivo é persistente por 15 a 20 anos causando uma inflamação nas células do fígado) e cirrose alcoólica (morte das células hepáticas que leva à falência hepática)”, afirma Carina.

Quem acha que beber bastante “só de vez em quando” não faz mal, está enganado. Segundo a nutricionista, a ingestão esporádica de grande quantidade de álcool “aumenta a susceptibilidade da pessoa à doença alcoólica hepática”. Fica o alerta para os foliões.

Fonte: Último Segundo

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