O presidente interino da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, Fernando Toledo (PSDB), convocou novas eleições para a direção do parlamento alagoano. As eleições – conforme edital publicado no Diário Oficial do Estado – deve ocorrer na sessão de amanhã, dia 4, às 15 horas, horário regimental da Casa.
Os registros das chapas devem acontecer até às 13 horas da quarta-feira. Os deputados estaduais retornam do recesso nesta terça-feira, dia 3. Porém, há necessidade da eleição de uma nova Mesa Diretora para que a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas possa retomar a sua normalidade, já que a reeleição antecipada de Fernando Toledo foi impedida pela Justiça.
Na Assembleia Legislativa, atualmente existem três grupos: os que apoiam Fernando Toledo, os oposicionistas e os suplentes. Os oposicionistas – trio formado por Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), Judson Cabral (PT) e Rui Palmeira (PR) – colocam o nome de Palmeira como candidato à presidência.
Para elegê-lo, há um diálogo com os suplentes, que se encontram no local dos deputados afastados pela Justiça, o que daria dez votos à oposição dentro do parlamento. Porém, seria ainda necessário “arrastar” aliados de Fernando Toledo para conseguir uma vitória. Os oposicionistas e os suplentes apontam ainda uma possível influência dos deputados afastados sobre as ações de Fernando Toledo, como por exemplo, ter tentado organizar uma eleição logo depois de tornar sem efeito os mandatos dos suplentes.
Fernando Toledo deve tentar a permanência na presidência da Casa de Tavares Bastos, com o apoio dos deputados estaduais que fazem parte da atual Mesa Diretora e daqueles que estão ligados aos afastados. A Assembleia Legislativa se encontra em clima de instabilidade política desde dezembro de 2007, quando foi deflagrada a Operação Taturana pela Polícia Federal.
A PF desbaratou, à época, um esquema de corrupção que teria desviado mais de R$ 300 milhões dos cofres do Legislativo. O deputado estadual afastado Antônio Albuquerque (sem partido) – presidente da Casa de Tavares Bastos – é tido, pela Polícia Federal, como o mentor da quadrilha. Dezesseis parlamentares foram indiciados na Operação Taturana. Ao todo, mais de cem pessoas foram indiciadas.
