Justiça libera seis reeducandas do presídio Santa Luzia

Aurilente Duarte/AssessoriaShow animou tarde das reeducandas do Santa Luzia

Show animou tarde das reeducandas do Santa Luzia

O mutirão judicial realizado nesta quarta-feira, 11, no presídio feminino Santa Luzia resultou na soltura de seis reeducandas que cumpriam pena por mais de um ano sem terem sido ouvidas pela Justiça. A ação também proporcionou uma série de serviços como apreciação dos processos, assistência médica e odontológica, além de emissão de documentos de identificação.

Segundo a secretária da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos Wedna Miranda, nesse primeiro momento, a Defensoria Pública colheu informações e reuniu dados sobre os processos individuais das presas. A expectativa é que no dia 03 de abril seja realizado novo mutirão para que pelo menos 40% da população carcerária receba alvará de soltura.

“Com os dados levantados pela Defensoria hoje, será possível fazer uma análise cuidadosa dos processos para que no próximo mutirão outras reeducandas possam ser liberadas”, disse Miranda.

A secretária definiu como positiva a ação realizada em parceria com o Tribunal de Justiça e acredita que é o primeiro passo rumo à realização de outros mutirões nos demais presídios. “A falta de documentação entre os reeducandos é uma realidade. Isso é um dos fatores que dificultam o andamento dos processos. Por esta razão vamos tentar estender o mutirão aos presídios masculinos”, informou.

Segundo a assessoria de comunicação da Intendência Penitenciária, o balcão da cidadania atendeu ao todo 106 reeducandas. Destas, cerca de 30 adquiriram o documento de identidade pela primeira vez.

A ação de cidadania e justiça terminou com o show musical “Elas Cantam Bossa Nova”.

Liberdade

Edleuza Noronha Maia, de 43 anos, foi uma das seis reeducandas que ganhou liberdade nesta quarta-feira. A reeducanda, que cumpriu um ano e dois meses por tráfico de drogas, conta que nesse período nunca houve audiência e que tentava acompanhar o processo via advogada do sistema prisional.

"Estou muito feliz com a decisão da Justiça. A partir de agora vou lutar para recuperar um espaço no mercado para criar meus três filhos", disse emocionada.

Atualmente o presídio comporta 110 detentas provisórias e apenas seis já condenadas.

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