Promotor acusado de abusar da filha e enteada irá depor na CPI da Pedofilia

Carlos Fernando deve ser julgado na manhã de hoje pelo TJ
Carlos Fernando deve ser julgado na manhã de hoje pelo TJ

O ex-promotor da Vara da Infância e da Juventude de Anadia, Carlos Fernando Barbosa de Araújo, deverá depor na CPI da Pedofilia, em Brasília. Além dele, a ex-mulher e mãe de uma das vítimas, Elizabeth Pereira, também deverá ir a Brasília denunciar o crime, cuja denúncia chocou o presidente da CPI.

Em dezembro do ano passado, a ex-mulher do promotor, acompanhada da sua advogada, teve uma reunião com o senador Magno Malta (PR/ES), em um hotel da capital alagoana, quando este passava um período de férias em Maceió. Malta, à época, se disse estarrecido com as denúncias de Elizabeth Pereira e confirmou que iria intimar o promotor alagoano a depor.

A data do depoimento, no entanto, ainda não foi definida. Segundo a assessoria do senador, em Brasília, na manhã desta terça-feira, dia 17, Magno Malta se encontra com os demais membros da CPI no Presídio de Catanduvas, realizando oitivas. O depoimento do promotor alagoano dependeria do cronograma da CPI.

Em fevereiro deste ano, Carlos Fernando Barbosa de Araújo, que é acusado de molestar a filha natural e uma enteada, sofreu um duro golpe na suas pretensões. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de liminar do promotor, que pretendia manter as prerrogativas do cargo.

Com a decisão o promotor, que foi afastado de suas funções, deverá ser julgado em primeira instância pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, em foro comum. O STJ manteve a decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, que também decretou a prisão preventiva do acusado, que está preso desde 1º de agosto de 2008 no Quartel-geral da Polícia Militar de Alagoas.

Caso

A acusação partiu da filha natural do promotor Carlos Fernando. De acordo com os depoimentos, ela era molestada sexualmente desde os 12 anos. A segunda vítima seria, segundo consta no processo, uma menor de apenas 13 anos de idade, enteada de Carlos Fernando.

No computador do acusado, foram encontradas várias fotos das vítimas, em trajes íntimos. As fotos eram tiradas enquanto as meninas dormiam, conforme a ação penal que tramita em segredo de Justiça.

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