Médicos na época em pediram exoneração na Maternidade Santa Mônica
Cerca de 80% dos médicos que compõem o quadro de profissionais da Maternidade-Escola Santa Mônica entregaram na manhã desta terça-feira, dia 17, o pedido de exoneração do cargo ao reitor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), André Falcão.
Entre as especialidades que deverão perder os profissionais estão neonatologistas, obstetras e anestesistas, que deverão deixar a principal maternidade que atende pacientes de alto risco no Estado até o dia 16 de abril.
O presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed), Wellington Galvão, que participou da reunião, afirmou que os gestores da saúde no Estado não estão pensando na população. “Mais de 80% dos médicos entregaram o pedido de exoneração na Santa Mônica e o mesmo deve ocorrer com várias especialidades no Hospital Geral do Estado dentro de alguns dias”, antecipou Galvão.
O sindicalista alertou, ainda, que a categoria é terminantemente contra a criação de fundações e parcerias públicos-privadas. “Os médicos exigem a realização de concurso público e a implantação do Plano de Cargos e Carreiras (PCCS)".
Galvão ainda fez um alerta aos gestores da Saúde. Segundo ele, caso nenhuma providência efetiva seja adotada nos próximo 30 dias, o caos deverá se instalar na saúde pública de Alagoas. “O Estado alega não possuir recursos, no entanto sabemos que houve sobra de R$ 52 milhões apenas para a Secretaria de Saúde, então porque o problema das cirurgias eletivas não é resolvido?”, questiona Galvão.
A opinião do sindicalista é compartilhada pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindhospital/AL), cujos representantes concederão entrevista coletiva, às 15h, apresentado documentos que comprovam que o Governo do Estado de Alagoas e a Prefeitura de Maceió têm recursos suficientes para atender às reivindicações dos médicos.
