Pela desopressão

Os ventos fortes da opressão sopram largamente nas plagas alagoanas. Sentidos pelos que olham buscando ver, pelos que agem em prol de uma sociedade menos desigual em efeitos e cultivam os valores simples da humanidade. Onde homens e mulheres são herdeiros do ar para respirar e da liberdade de pensar, de falar, de criar!

Não há nada divino nesse fenômeno tão velho quanto todos os outros erros que nossa espécie louva. O poder se utiliza da opressão desde tempos imemoriais, e os resultados são conhecidos por todos os que se permitam desvincular a dor da “Criação” e reconhecê-la como criação de cada homem, ou premeditadamente, criação de grupos ditos dominantes.

Dominar conjugado à posse e ao mando político, tem forjado em nossas páginas os violentos desmandos dos coronéis armados “até os dentes” no passado e no presente, em lamentável luta pela perpetuação do feito diabólico rumo ao futuro.

Eles estiveram ontem nas ricas expressões do latifúndio e da política partidária, onde permanecem hoje, parindo suas rechonchudas crias, alimentando seus servos com os “améns” das mesquinhas migalhas de cada dia, entre os jagunços sem coração que vestem roupa preta e perfil de machão ao volante dos carros de luxo!

É tudo muito velho nestas páginas novas em folha, saindo agora do forno da consciência no afã de escrever uma história renovada, onde o sangue seja o da doação para os bancos do Hemoal e as armas estejam guardadas no museu da política, sem voltarem a ser usadas no peito dos pais de família.

Alagoas precisa de coragem! Arregimentar forças entre nós e suas instituições bem pagas para manter vivo o simbolismo da resistência pela Vida dos cidadãos, bem de incalculável valor. Sem perseguições aos bons, sem sublimação aos crimes dos maus. Mantendo a possibilidade de equilíbrio entre os interesses de cada um. Contudo, nenhum outro povo fará isso em nosso lugar, por isso, não podemos esperar que a solução venha de Brasília ou de Minas Gerais. Essa luta é nossa porque nenhum outro povo pode definir melhor essa chaga social violenta do que nós mesmos!

Até quando aceitaremos ser oprimidos?

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