Roussef promete estudar pleito de usineiros

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Durou quase duas horas a reunião na quinta-feira, entre a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e os governadores de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, e de Pernambuco, Eduardo Campos. O encontro, acompanhado pelo ministro José Múcio, das Relações Institucionais, e pelos presidentes de sindicatos do Açúcar de Alagoas, Pedro Robério; de Pernambuco, Renato Cunha; e da Bahia, Carlos Gilberto, serviu para a apresentação de propostas dos empresários do setor sucroalcooleiro do Nordeste.

Em dificuldades por causa da crise internacional, as usinas de cana-de-açúcar pedem um crédito de R$ 660 milhões, sendo R$ 360 milhões para pagamento de salários aos trabalhadores do setor durante os cinco meses de entressafra, a partir de maio, e R$ 300 milhões para pagar os atrasados a fornecedores de cana.

O tempo da reunião e o interesse da ministra, que chegou a discutir com os governadores várias alternativas para o atendimento do pleito, foram avaliados como um bom sinal pelo governador de Alagoas. "Ela prometeu estudar, buscar saídas legais que possibilitem ao governo federal atender ao setor. E ao fazer isso, o governo federal estará ajudando a manter empregos e a tranquilidade num dos setores mais importantes da economia nordestina”, falou Teotonio.

Para o governador alagoano, o arranjo da cana-de-açúcar tem para o Nordeste o mesmo peso que a indústria automobilística tem para o Centro-Sul. Teotonio Vilela falou ainda que, por conta dessas dificuldades, o setor precisa de uma ajuda emergencial. “Não houve promessa, mas o compromisso de que a questão será avaliada e, em breve, a ministra nos dará um retorno, que espero seja positivo", afirma Teotonio Vilela Filho.

Para o presidente do Sindaçúcar-AL, o fato de a ministra ter demonstrado interesse pelo problema é extremamente positivo. "Ela gostou muito da proposta, na medida em que não pedimos dinheiro para o caixa das empresas e, sim, crédito para pagar salários, um recurso que seria transferido diretamente para a conta do trabalhador. Já uma dificuldade inicial por conta da habilitação, vez que nem todas as empresas têm as certidões negativas exigidas pelos bancos oficiais. Ainda assim, a ministra ficou de estudar alternativas e de avaliar, inclusive, a possibilidade de resolver essa questão através do orçamento da União", explica Pedro Robério.

Todas as possibilidades foram levantadas e discutidas durante o encontro. E, segundo Pedro Robério, o sentimento é de que o governo federal deve anunciar medidas efetivas nas próximas semanas. "A ministra nos disse que tem acompanhado de perto a situação do setor canavieiro do Nordeste. Ela esteve em Pernambuco, no final do ano passado, conversou com fornecedores de cana e sabe que a nossa realidade é diferente do Centro-Sul, e que, por isso, admite um tratamento diferenciado. Agora é esperar que os técnicos do governo apontem um caminho. Mas, se depender da boa vontade demonstrada pela ministra e do seu interesse, eu diria que tivemos um bom começo", reforça Pedro Robério.

Fonte: Assessoria

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