Caso Paulo Bandeira entra nas alegações finais

A promotora de Justiça Martha Bueno entregou nesta segunda-feira (20), no Fórum de Satuba, as alegações finais solicitando a pronúncia de todos os acusados no caso do assassinato do professor Paulo Bandeira, ocorrido em 2003. O Ministério Público Estadual pede que o ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes, e os outros denunciados sentem no banco dos réus para responderem pelo crime que vitimou o professor. Segundo os autos, o professor foi queimado vivo a mando do então prefeito.

De acordo com a promotora de Justiça, as provas são fartas, periciais, documentais e testemunhais. “ Não há o que questionar, a série do álcool que serviu para atear fogo na vitíma, era a mesma que estava guardada na Escola de 1° Grau Josefa da Silva Costa, onde ele lecionava. A ré Nancy Pimentel Lopes, diretora da escola na época, era a única que tinha a chave do almoxarifado, isso é uma prova pericial incontestável”, explicou.

O relatório da Controladoria Geral da União (CGU) apontou mais de R$ 1 milhão de desvio na gestão de Adalberon de Moraes, só na pasta da Secretaria de Educação foram quase R$ 350 mil. Foi contra esse desvio de recursos públicos, aponta a investigação, que o professor Paulo Bandeira questionava e ameaçava denunciar dias antes de ser assassinado.

Para o Ministério Público não há dúvidas do crime praticado pelos denunciados no caso. A promotora Martha Bueno ainda cita que qualquer fato novo que possa trazer aos autos processuais não se sustentam, por não conciliar com as demais provas. “ A investigação é oficial e deve ser feita pelas instituições competentes, não cabendo aos acusados investigação particular dentro do presídio”, enfatizou Martha Bueno.

O caso – O professor Paulo Bandeira foi sequestrado, torturado e queimado vivo em junho de 2003, depois de denunciar que o então prefeito de Satuba, Adalberon de Moraes, estaria desviando recursos do Fundo de Nacional de Valorização e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef). Na época, o crime contra o professor teve repercussão internacional.

Adalberon está preso no presídio Baldomero Cavalcanti e também é acusado de participação nos assassinatos da feirante Gizele Suplime dos Santos, em julho de 1997; do assessor parlamentar Jeams Alves dos Santos, em dezembro de 2002; e do motorista Carlos André Fernandes Santos, em outubro de 2005.

Fonte: Assessoria MP/AL

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