O presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Fernando Toledo (PSDB), recebeu na manhã desta quarta-feira, 22, integrantes do Fórum de Combate à Corrupção em Alagoas (Focco), que foram pedir a abertura de processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar, visando à cassação dos deputados estaduais indiciados pela Polícia Federal, durante a Operação Taturana.
A operação, desencadeada em dezembro de 2007, investigou um suposto esquema de corrupção na folha de pagamento da Assembleia Legislativa de Alagoas, que teria desviado mais de R$ 280 milhões dos cofres públicos. Devido ao indiciamento, 14 deputados foram indiciados e oito deles permanecem afastados das suas funções. O Focco defende a cassação do mandato de todos os envolvidos.
Durante a reunião, o presidente Fernando Toledo adiantou que irá enviar o pedido do Focco para o Conselho de Ética da Casa, cujo projeto para criação deverá ser apreciado na sessão desta quarta-feira, 22, em segunda votação. “Não há garantias de que o processo será aberto pelo Conselho de Ética, mas colocaremos para apreciação”, garantiu Fernando Toledo.
Toledo ainda informou que até o hoje a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa não recebeu o inquérito confeccionado pela Polícia Federal durante a Taturana, que comprovaria os crimes dos deputados. Segundo o presidente da ALE, a Mesa Diretora estaria esperando essa resposta para tomar as medidas cabíveis.
A criação do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa vem recebendo duras críticas dos deputados de oposição. O deputado Rui Palmeira chegou a afirmar que o conselho não irá incomodar, uma vez que seus membros seriam pessoas ligadas aos deputados afastados. Um dos nomes mais cotados para ocupar a presidência do conselho é o do deputado Marcelo Victor.
