Produção de papel cartão dispara 44%

A produção brasileira de papel cartão, usado principalmente em embalagens de alimentos, saltou 44,3 por cento em março sobre fevereiro, informou nesta sexta-feira a associação que representa as empresas do setor, Bracelpa.

Em vendas internas, o mercado brasileiro registrou alta de 19,4 por cento no consumo de papel cartão, na mesma comparação. Em relação a março de 2008, porém, houve queda de 2,6 por cento e no primeiro trimestre, baixa 16,8 por cento.

"Os resultados preliminares do desempenho do setor de celulose e papel em março já demonstram retomada no mercado interno e externo, sobretudo com recuperação do segmento de papéis", afirmou a Bracelpa em comunicado à imprensa.

Já a produção de papel para embalagens, um indicador do nível de atividade da indústria do país, avançou 12,7 por cento em março contra fevereiro, crescendo 2,4 por cento contra março de 2008, mas recuando 1,7 por cento na comparação trimestral.

No mercado interno, o produto teve vendas 16,4 por cento maiores no mês passado em relação a fevereiro, mas apresentou quedas de 2,3 por cento contra março do ano passado e de 10,2 por cento no trimestre.

A produção de celulose, porém, recuou 2,5 por cento em março contra fevereiro, 13 por cento na comparação com um ano antes e 5,4 por cento no trimestre.

Em termos de exportações, as vendas externas do papel saltaram 40 por cento em março contra fevereiro e 6,7 por cento em relação ao mesmo mês de 2008. No trimestre houve queda de 13,3 por cento.

Às 14h52, as ações das companhias do setor avançavam, com Aracruz disparando cerca de 12 por cento e VCP saltando 13,4 por cento. Enquanto isso, Klabin tinha valorização de 1 por cento e o Ibovespa apresentava alta de 1,76 por cento.

Já as exportações de celulose no mês passado recuaram 5,7 por cento na comparação mensal, mas avançaram 9,7 por cento frente a março de 2008 e 11,2 por cento no trimestre.

"A China está importando bem mais celulose e os preços por lá estão subindo, o que impacta diretamente Aracruz, que é 100 por cento celulose, e VCP, que está se fundindo com ela", disse Leonardo Alves, analista da corretora Link.

"Uma melhora no cenário de celulose traz um operacional bem melhor para a empresa e provavelmente uma perspectiva no futuro próximo da companhia conseguir pagar as dívidas e se aproveitar de seu tamanho ampliado para crescer", acrescentou o analista.

Fonte: G1

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