Vigilante denuncia espancamento à OAB

O vigilante Felipe dos Santos Silva, 26, que presta serviço para uma empresa de segurança, denunciou, na manhã desta segunda-feira, dia 11, ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas, Gilberto Irineu, que foi espancado, na tarde do último sábado, por outros dois vigias que trabalham na mesma empresa e que atuam fazendo ronda de fiscalização. Felipe contou que a agressão durou cerca de cinco minutos e aconteceu em via pública em frente à porta da clínica onde trabalha, que fica no Farol.

O vigilante disse que ficou no lado de fora da clínica esperando o alarme desativar para poder entrar, mas como estava cansado, acabou cochilando e dormindo na calçada do consultório. “Eu já acordei sendo pisado no joelho e nos ombros, por dois homens que estavam vestidos com a farda da empresa. Em nenhum momento, eles tiraram o capacete do rosto”, revelou Felipe.

Conforme Felipe, a sessão de espancamento durou cerca de cinco minutos. Durante a agressão, Felipe disse que se identificava para que eles parassem, mas não adiantava. “Depois de me espancarem, esses dois vigilantes me arrastaram pelo braço e me algemaram com as minhas mãos para trás”, contou.

Felipe denunciou ainda que depois de ter sido espancado e imobilizado com algemas, os dois vigilantes entraram em contato com a empresa por telefone e verificaram que ele, realmente, era funcionário da empresa de segurança. “Depois que souberam que eu trabalha na empresa, eles [os vigilantes] foram embora e não falaram nada”.

O vigilante contou que foi denunciar o fato na empresa, mas a administração acusou Felipe de ter se recusado a se identificar. “Apesar disso tudo, os proprietários da clínica estão me dando toda a assistência médica”. Felipe disse que já prestou queixa na Delegacia de Plantão 1, no Farol.

Irineu classificou o fato com uma ação “truculenta” diante da “situação constrangedora e humilhante que Felipe passou”. Para o presidente da CDH, os dois vigilantes agressores não têm o poder de polícia para algemar. “Foi uma agressão à integridade física e moral de um trabalhador”, disse Irineu.

O presidente da CDH afirma ainda que vai solicitar ao promotor de Justiça Flávio Gomes que o Ministério Público Estadual acompanhe o caso. “Vou solicitar que o Ministério Público instaure uma sindicância para apurar o caso”.

Irineu disse também que vai entrar em contato com o diretor geral da Policia Civil, Marcílio Barenco.

Fonte: Ascom OAB

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