Aiatolá ordena investigação sobre fraude no Irã

AFPManifestação de oposicionistas nesta segunda-feira (15) no centro de Teerã

Manifestação de oposicionistas nesta segunda-feira (15) no centro de Teerã

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, mandou nesta segunda-feira (15) que seja feita uma investigação do resultado das eleições presidenciais da última sexta-feira, depois que a oposição reclamou de suposta fraude.

O presidente conservador Mahmoud Ahmadinejad conseguiu uma vitória expressiva, posta em dúvida pelo segundo colocado, o moderado Mir Houssein Moussavi.

As acusações de fraude da oposição levaram a violentos confrontos de rua durante o fim de semana.

A TV estatal informou que o aiatolá pediu ao Conselho de Guardiões que investigue as acusações. Moussavi escreveu uma carta ao conselho pedindo a investigação. O candidato derrotado também encontrou-se com Khamenei no domingo.

O resultado da eleição precisa ser confirmado pelo conselho, que tem 12 clérigos muçulmanos como integrantes.

O porta-voz do Conselho dos Guardiães, Ali Kadjodai, confirmou que a investigação começa nesta terça. Segundo o Conselho, as cartas contestando os resultados foram entregues no domingo, e o processo de análise deve durar de "sete a dez dias".

"A lei permite aos candidatos um prazo de três dias para protestar. Portanto, os candidatos têm tempo até o fim do horário comercial de hoje para apresentar suas reclamações", disse Kadjodai, ouvido pela televisão local.

O porta-voz, no entanto, afirmou que o Conselho dos Guardiães só aceitará as queixas que estiverem bem documentadas e que possam ser processadas.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, deve adiar o comparecimento a uma reunião de cúpula regional na Rússia, nesta segunda, por causa dos protestos contra sua contestada vitória na eleição presidencial, segundo fontes diplomáticas.

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