Um dia após a ação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para dispersar agentes penitenciários que protestavam por reajuste salarial, a categoria planeja novo ato e a estuda a forma de responsabilizar o Estado pela ação, considerada por eles truculenta, do batalhaõ especial da Polícia Militar de Alagoas.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Jarbas de Souza, afirma que 15 agentes penitenciários ficaram feridos durante a ação do Bope na tarde de ontem, onde foram utilizadas bombas de efeito moral e balas de borracha para acabar com o bloqueio da categoria nas ruas do Centro de Maceió.
“A violência existiu e nós não provocamos a situação. Todas as pessoas machucadas ontem realizaram exame de corpo de delito. Estamos aguardando orientação do nosso advogado para tomarmos as devidas providências e responsabilizar o estado pela violência desnecessária utilizada ontem pelo Bope”, explicou o sindicalista.
Durante assembleia realizada nesta terça-feira, dia 16, na sede da Central Única de Trabalhadores (CUT), os agentes penitenciários decidiram por continuar a mobilização e preparam um ato público para a próxima quinta-feira, dia 18, na Praça dos Martírios. “Não vamos recuar com a nossa mobilização. O governo continua com a posição de não negociar e nós lutamos por reajuste salarial”, enfatizou Jarbas.
A categoria afirma está há três anos sem reajuste salarial, ocasionando uma defasagem de 100%. Os agentes penitenciários querem uma audiência com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), onde pretendem pleitear o piso salarial no valor de R$ 2 mil.
