Jovem é executado após briga no Jardim Acácia

Flávia Duarte/Alagoas24horasJovem era usuários de drogas e estaria na mira de traficantes da região

Jovem era usuários de drogas e estaria na mira de traficantes da região

"Este é o caminho de quem entra para o mundo das drogas: a morte". Foi com esta frase que o pai do jovem Anderson de Oliveira Souza Venâncio, de apenas 19 anos, definiu a curta trajetória de vida do seu filho. Jairo Venâncio, que é oficial da Polícia Militar, disse que há anos tentava salvar o filho do vício, inclusive oferecendo tratamentos, sempre recusados pelo jovem, que chegou a afirmar que ‘se precisasse de ajuda pediria’.

No começo da tarde desta quinta-feira, 30, o final previsível. Anderson foi executado com vários disparos de arma de fogo na Rua Manoel Menezes, no Jardim Acácia, a poucos metros de onde residia. Momentos antes de ser morto, testemunhas afirmaram ter visto o jovem discutindo asperamente com mais duas pessoas. A namorada da vítima, no entanto, disse que Anderson foi morto por dois homens em uma motocicleta. Ainda não é possível precisar quantos tiros atingiram o rapaz, mas uma casa próxima ao local do crime está com um disparo em sua parede.

O pai de Anderson, Jairo Venâncio, disse desconhecer se o filho comercializava a droga e admitiu apenas lutar contra o vício do jovem. Testemunhas, no entanto, afirmaram que a vítima vendia drogas e que já vinha recebendo ameaças de traficantes da região. “Há algumas semanas chegaram a abordar um rapaz com o mesmo biótipo dele, como constataram que não era o Anderson o liberaram”, disse uma testemunha que pediu para ter a identidade preservada.

O pai da vítima disse, ainda, que sua última tentativa para salvar o filho foi oferecer tratamento na cidade de Porto Velho (RO), proposta mais uma vez rejeitada por Anderson. Abalado, o oficial – que ironicamente desenvolve um trabalho de prevenção às drogas em comunidades – disse que o importante é não entrar neste mundo (das drogas), pois o destino inevitável é a morte.

Policiais do 4º BPM se encontram no local aguardando a chegada de peritos do Instituto de Criminalística (IC) e de funcionários do Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima. O caso será investigado pelo delegado Robervaldo Davino, titular do 4º Distrito Policial.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos