Vilela diz que só sai candidato à reeleição se houver conjuntura favorável

Luis Vilar/Alagoas24Horas"Ou serei candidato a reeleição, ou não serei candidato a nada", diz Téo Vilela

"Ou serei candidato a reeleição, ou não serei candidato a nada", diz Téo Vilela

Desde que o “xadrez político” para 2010 tem sido ventilado nos bastidores do poder, o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), em tese candidato natural à reeleição, tem se mantido silencioso e distante do assunto. Nas mais recentes entrevistas, Vilela afirma que só pensará no assunto no próximo ano. Nesta quinta-feira, dia 13, em conversa informal com jornalistas, o governador assumiu que tem interesse em passar mais quatro anos na cadeira de chefe do Poder Executivo.

No entanto, Vilela ressalta que possui um olho no “desejo de ser candidato a governador novamente” e outro na “conjuntura política”. “O meu sentimento é de ser candidato a governador, mas só serei se tiver condições de disputa. Tenho procurado fazer as coisas de forma correta, mas é preciso que se saiba se há condições e se há o mesmo sentimento por parte da sociedade. Eu sei que tem muita coisa boa para acontecer ainda. Pois eu sei o que plantei e a qualidade da semente. Portanto, apesar do sentimento, só tomarei esta decisão de reeleição no próximo ano, em 2010”, destacou o governador de Alagoas.

Teotonio Vilela Filho se disse ainda “tranquilo” quanto aos rumos que o Governo do Estado tem tomado. “Eu estou cumprindo o meu papel. Se a sociedade reconhecer e entender isto, eu penso sim em sair candidato novamente em 2010 e disputar mais uma vez o Governo do Estado de Alagoas, porque sei que temos um projeto”, destacou.

Vilela ressaltou que a conjuntura política para disputar a reeleição em 2010 também é algo que ainda não está “maduro”. O governador, por exemplo, ainda não tem bem definido o apoio da bancada federal. Na Câmara Federal, o único governista declarado é o deputado Givaldo Carimbão (PSB), que indicou o mais novo secretário do grupo de Vilela: Jardel Aderico que assumiu a pasta da Paz. No Senado Federal, o governador revela que possui bons diálogos tanto com o senador Fernando Collor de Mello (PTB), quanto com Renan Calheiros (PMDB).

“O Collor é bem-vindo, mas nunca conversamos sobre reeleição, ou sobre um possível apoio. Desde que me elegi governador, tive quatro conversas com o senador Fernando Collor e nunca tocamos neste assunto. Já com Renan Calheiros, conversamos mais”, destacou Teotonio Vilela Filho. “É um cenário interessante em Alagoas. Já estamos no segundo semestre de 2009 e não há nenhum candidato assumido”, frisou ainda.

O governador concorda que um dos principais adversários – caso parta para a reeleição – pode ser o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), mas não quis tecer comentários mais aprofundados sobre uma possível candidatura de Almeida. “Quanto a isto, quem deve falar é ele. O que posso dizer é que Cícero Almeida tem uma popularidade respeitável que o credencia a ser candidato, mas é uma decisão difícil deixar a Prefeitura de Maceió no meio do mandato”, disse.

O que Teotonio Vilela diz já saber de certeza é que não será candidato ao Senado Federal, bancada de onde saiu para disputar as eleições em 2006 e se eleger governador do Estado. “Nenhuma possibilidade de sair candidato ao Senado Federal. Ou reeleição, ou mandato algum”, sentenciou o governador.

PSDB

Em Alagoas, o PSDB traça a estratégia para eleger dois deputados federais e pelo menos seis estaduais. Atualmente, o partido conta com dois parlamentares na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas: Fernando Toledo (PSDB), que preside a Casa; e Edival Gaia (PSDB). Na bancada federal, apenas o senador João Tenório (PSDB), que assumiu na suplência de Vilela.

Teotonio Vilela Filho falou ainda sobre a sucessão presidencial em 2010. Ele destacou o apoio que tem tido do Governo Federal. “O presidente Lula tem sido muito receptivo com Alagoas. Cada vez que vou a Brasília, voltou com boas notícias. O PT nacional me trata melhor que o PT local (risos)”, brincou o governador. No entanto, ressaltou que apesar do apoio recebido apoiará o candidato tucano a Presidência da República. “Só não me metam nesta guerra entre o Aécio Neves e o José Serra, porque são dois grandes amigos meus. Mas, caminho junto com o PSDB”.

Indagado sobre como isto refletiria em sua relação com o presidente Luis Inácio Lula da Silva, o Lula (PT), Teotonio Vilela frisou: “o presidente tem tido um comportamento republicano exemplar. Nunca falou comigo sobre isto. Ele sempre demonstrou uma preocupação com Alagoas, mantendo-se acima das diferenças partidárias”. Vilela avalia que no campo nacional as proposta do PT e PSDB possuem semelhanças em suas políticas públicas. “Parte da base do Governo Lula foi preparada pelo Fernando Henrique Cardoso, como alguns programas sociais”, finalizou.

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