Heráclito Fortes (DEM-PI)
Em reunião da Mesa Diretora do Senado na manhã desta quinta-feira ficou decidido que será aberta uma comissão de inquérito para apurar 468 atos não publicados, conhecidos como atos secretos. De acordo com o primeiro secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI), a sindicância tentará descobrir como os novos atos foram publicado depois de tanto tempo, já que são atos de meados de 1999.
Os novos atos descobertos foram criados durante a gestão do do senador Antônio Carlos Magalhães (morto em 2007) como presidente da Casa. Eles foram emitidos em boletins suplementares há cerca de 10 anos para nomeações, gratificações e bonificações.
A informação é de que cerca de 50 atos secretos, entre os 468, foram publicados na rede interna do Senado por algum servidor recentemente, logo após a comissão de sindicância que apurou os primeiros atos secretos descobertos (aproximadamente 500) ter encerrado sua etapa de coleta de informações.
Questionado se o vazamento dos novos atos teria alguma relação com pessoas ligadas ao ex-diretor do Senado Agaciel Maia, Heráclito deu a entender que sim. "Não quero fulanizar. Considero sabotagem de servidores que se acham fundamentalistas e acreditam que ainda vão voltar ao poder", disse.
A sindicância deverá fazer uma varredura de senhas para descobrir de qual computador saiu a informação sobre os novos atos secretos.
Apesar de os novos atos secretos terem sido assinados durante a gestão de seu aliado político, o senador Antonio Carlos Magalhães, Heráclito afirma que todos têm pouca representatividade e apenas dois ou três contam com a assinatura do ex-presidente. "Estes atos em quase a totalidade já não tem nenhum efeito e apenas uns dois ou três tem a assinatura de ACM", disse ele.
