“A violência em Alagoas não é questão de polícia”, diz presidente da Assmal

As Associações de militares de Alagoas (Assomal, Assmal, ACS e ARPMAL) saíram em caminhada na manhã deste domingo, 16, pela orla marítima da Pajuçara para pedir paz. O grito de socorro da própria polícia chamou atenção da população alagoana que teme a falência do aparelho de segurança do estado.

Durante a concentração, na Praça Multieventos, o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), sargento Teobaldo de Almeida disse que a violência em Alagoas, sobretudo em Maceió perpassa as deficiências das polícias. “A insegurança hoje, principalmente na capital alagoana, passa pela droga. O crack consumido pelos jovens tem sido causador do aumento dos índices de violência. Por isso não é questão de polícia, mas de saúde pública”, enfatizou.

A caminhada pela paz também foi uma caminhada pelas reivindicações da categoria: promoção imediata, aprovação da PEC 300 (equiparação salarial com militares de outros estados), fixação de carga horária em 40 horas semanais (policiais trabalham atualmente 75h), aumento de pelo menos mil policiais no efetivo, além do cumprimento da lei 6.823/07, que versa sobre data-base.

Ainda segundo o sargento, pelo menos nove pontos de pauta estão sendo pleiteados pelos militares, sem nenhuma garantia de cumprimento por parte do estado, mesmo que alguns deles representem uma caminhada em direção à redução da criminalidade, como é o caso da implantação da polícia comunitária. “Nós estamos solicitando a implantação da polícia comunitária, mas é preciso haver o apoio efetivo do governo na garantia de melhores condições de saúde, educação e infraestrutura”, argumenta.

Os militares anunciaram que realizarão um acampamento de 24 horas na Assembleia Legislativa do Estado para garantir uma audiência no dia 26 deste mês, onde serão discutidos todos os pontos de pauta.

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