Diretor da ANP nega desvio

O diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Victor Martins, negou, em depoimento à CPI da Petrobras nesta terça-feira, ter participado de irregularidades ou desvio de royalties do petróleo. De acordo com a revista Veja, em reportagem do mês de abril, o dirigente da agência reguladora, que é irmão do ministro Franklin Martins (Secretaria de Comunicação Social), teria utilizado informações privilegiadas para negociar e facilitar o pagamento dos royalties.

A Veja registra que a Polícia Federal apuraria em inquérito o esquema envolvendo irregularidades no pagamento dos direitos a prefeituras do Estado do Rio de Janeiro e aponta que Martins estaria envolvido em uma negociação para facilitar o pagamento de R$ 1,3 bilhão em royalties para um município em troca de uma comissão de R$ 260 mil à empresa de consultoria que tem como sócia sua mulher, Josenia Bourguignon Seabra. Martins informou estar afastado da consultoria desde maio de 2005, quando tomou posse na ANP.

"Estou sendo acusado de desvio de dinheiro em uma operação que aparentemente não existe. Relatório não é da Polícia Federal, uma vez que a própria Polícia Federal abriu inquérito para apurar a autoria daquele relatório, e uma vez que o próprio Ministério Público abriu investigação para apurar a autoria do que classificou como (denúncia) criminosa", disse Victor Martins durante o depoimento.

"Estou vindo me explicar sobre uma operação aparentemente inexistente, a partir de um dossiê apócrifo. Vou em respeito ao meu nome, que foi enlameado ao longo dos últimos quatro meses, explicar uma por uma as investigações", completou o dirigente.

"Como é duro andar na rua e ser apontado. Com base em uma operação que não existe, em um inquérito falso, apócrifo. Queria pedir aos senhores que investiguem tudo, tudo, mas façam justiça. Quem fez essa investigação criminosa contra mim? Quem pagou? Quem mandou pagar e com qual objetivo?", questionou o diretor, fazendo um desafio: "revirem a minha vida. Façam uma devassa. Se tiver um ato irregular, que se cumpra a lei. Não vão encontrar um ato irregular. Façam justiça a um pai de família, a um servidor público".

Fonte: Terra

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