Entidades criticam excessos nas manifestações

AssessoriaReunião aconteceu no MP

Reunião aconteceu no MP

Um grupo de entidades da sociedade civil procurou o Ministério Público Estadual para cobrar que os movimentos sociais respeitem a ordem pública durante suas manifestações. Eles entregaram um manifesto ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, pedindo o apoio do MPE na cobrança para que o governo estadual seja mais ativo e efetivo no controle de distúrbios públicos. Os empresários e dirigentes de entidades alegaram na reunião que o excesso de manifestações tem prejudicado a economia de Alagoas, especialmente, no setor turístico.

Ficou definido que o Ministério Público convidará o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim; o comandante da Polícia Militar, Dalmo Sena, e o delegado-geral de Polícia Cívil, Marcílio Barenco, para uma reunião onde se tentará uma solução para os inúmeros impasses gerados durantes as manifestações. Em paralelo serão convidados os promotores de Justiça dos Núcleos do Meio Ambiente, Saúde, Consumidor, para que contribuam no caso. Em seguida, o manifesto das entidades foi imediatamente protocolado.

O grupo reclamou que qualquer tipo de problema comunitário – social é motivo para interdição de rodovias ou invasão de órgãos públicos e privados, sendo que em muitos casos as manifestações só têm objetivos políticos. Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Omar Coelho de Mello, somente o apoio do MPE pode resolver a situação. “Não somos contrários aos movimentos sociais. Achamos legítimo o direito de reivindicação, mas queremos o respeito a ordem e que não se passem dos limites”, avaliou. "Em muitos casos os protestos terminam sendo marcados pelos abusos por parte dos manifestantes que se acham acima da lei", disse o empresário Carlos Palmeira Villanova da Abav.

Para o empresário Mauro Vasconcelos a situação está muito próxima da falta de controle total. “As pessoas estão sendo prejudicadas por estes protestos”, assegurou. O empresário Carlos Gatto expôs sua preocupação com as perdas financeiras do setor hoteleiro devido ao elevado número de reservas canceladas após o fechamento de rodovias. “Perdemos turistas diariamente, pois ninguém quer ficar preso em uma rodovia perdendo assim a programação de diversão de um dia inteiro”, analisou. Enquanto isso, o presidente da Federação da Agricultura, Álvaro Almeida, não poupou críticas aos sem terra. “Faz tempo que MST, CPT e outros movimentos perderam o foco e passaram a promover apenas a baderna”, contou.

O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, apontou que o MPE já está fazendo sua parte na tentativa de reduzir os danos gerados pela exclusão social em Alagoas, com a breve implantação do Ministério Público Comunitário – fruto de um convênio com o Ministério da Justiça, que pretende . “Estamos prestes a iniciar um projeto piloto no bairro do Vergel e que será extensivo as demais comunidades carentes com o objetivo de promover a ordem e a paz social”, garantiu o procurador-geral. O encontro contou com a participação do promotor de Justiça Afrânio Roberto Pereira de Queiróz.

Fonte: MP/AL

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