Mesmo sem reajuste salarial, servidores da educação encerram greve

Flávia Duarte/Alagoas24horasServidores tiveram nova reunião com governador Teotonio Vilela: sem avanços

Servidores tiveram nova reunião com governador Teotonio Vilela: sem avanços

Após uma audiência, avaliada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sintel) como tensa, com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), professores e servidores da rede estadual de ensino decidiram na manhã desta terça-feira, dia 22, pela suspensão da greve da categoria, que já durava mais de 30 dias.

A assembleia, que contou com a presença de centenas de servidores, aconteceu no Clube Fênix Alagoano. A presidente do Sinteal, Girlene Lázaro, reconhece um enfraquecimento do movimento que reivindica reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho, mas garante que, mesmo com o fim da greve, o movimento continua na tentativa de garantir os direitos dos servidores e dos alunos.

Girlene destacou que na audiência realizada ontem com Vilela o discurso foi o mesmo dos anteriores – que não há como conceder reajuste, porque fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) -, mas que avalia como positiva a participação do Conselho Estadual de Educação, que destacou a situação precária em que estão as escolas da rede estadual.

“Foi uma reunião muito tensa, com cinco horas de duração. Mas conseguimos a questão do Projeto de Lei que garante a gratificação de difícil acesso. O governador se comprometeu em encaminhar o texto nos próximos dias para a Assembléia Legislativa. E o Conselho de Educação mostrou a situação das escolas, onde falta professores e isso traz muitos prejuízos para os alunos”, disse Girlene. O Sinteal estima que há uma carência de cerca de 1.500 professores.

Girlene informou ainda que o governador se comprometeu em buscar formas para recuperar os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) – com a redução do valor do custo-aluno de R$ 1.350,09 para R$ 1.221,34 – e que, após conseguir índice na LRF, voltará a discutir com a categoria sobre o reajuste salarial.

Com a ameaça de corte salarial por parte do Governo do Estado, parte dos servidores retomaram as atividades nas últimas semanas. Há escolas que já retomaram as atividades normais.

A presidente do Sinteal disse que o enfraquecimento do movimento era previsto uma vez que os servidores, como por exemplo os professores do magistério, não teriam como manter a greve com a ameaça de corte salarial por parte do governo. “O movimento enfraqueceu um pouco. A greve acabou, mas a nossa luta continua para que a educação passe por uma reforma e possa ser dada melhor educação para os nossos alunos”, completou Lázaro.

As atividades nas escolas da rede estadual devem voltar à normalidade amanhã.

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