Os servidores da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL) resolveram entrar em greve, na manhã desta quinta-feira, dia 8. O movimento paredista pode resultar no comprometimento da campanha da vacinação contra a febre aftosa em Alagoas.
De acordo com o presidente da Associação dos Servidores de Fiscalização Agropecuária de Alagoas (Asfeagro), José Arnaldo, os servidores tentaram abrir um canal de negociação com o Governo do Estado de Alagoas e chegaram a se reunir com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), na segunda-feira passada.
“Não houve avanços na negociação e o governador alegou que não poderia conceder o reajuste salarial por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, destacou José Arnaldo. Diante disto, os servidores optaram pela greve. Conforme o presidente da Asfeagro, a ADEAL é formada por 300 servidores. Todas as unidades – ainda segundo ele – estão paralisadas. “Vamos manter apenas os 30% de direito”, disse José Arnaldo, em entrevista ao Alagoas24Horas, por telefone.
Os servidores pedem a equiparação salarial com os fiscais agropecuários da Bahia, que recebem R$ 5.600. O indicativo de greve já foi decidido no final de semana passado e dependia apenas do resultado da reunião com o governador. José Arnaldo – no entanto – destaca que uma nova rodada de negociações deve ocorrer na próxima terça-feira, dia 13. “Esperamos que haja avanços em relação ao pleito da categoria”, frisou.
O reajuste seria escalonado para todas as categorias em Alagoas. José Arnaldo frisou também que os servidores já haviam se reunido anteriormente com o presidente da ADEAL, Hibernon Cavalcante, e com o secretário estadual de Agricultura, Jorge Dantas. Diante da greve, o presidente da Asfeagro avalia que “a campanha de vacinação contra a aftosa corre o risco de ser considerada nula pelo Ministério da Agricultura, e consequentemente Alagoas poderá ser desclassificada de risco médio para alto risco ou risco desconhecido”, alega a associação em nota.
A expectativa do governo do Estado é vacinar cerca de 1,17 milhão de bovinos e bubalinos durante esta fase da campanha, que vai até o dia 31.
