AL se destaca em política de Saúde Mental

Alagoas ocupa o terceiro lugar no ranking na região Nordeste na implantação da Política de Saúde Mental. O Estado conta com 42 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), distribuídos em 39 municípios alagoanos. O Caps é um serviço comunitário que tem o papel de cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e persistentes, no seu território de abrangência. Para ser habilitado, o município deve atender alguns critérios como, por exemplo, uma população acima de 20 mil habitantes.

Além disso, a atenção deve incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a construção dos projetos de inserção social. Segundo especialistas, os Caps devem ainda trabalhar com a ideia de gerenciamento de casos, personalizando o projeto de cada paciente na unidade e fora dela, além de desenvolver atividades para a permanência diária no serviço.

Os profissionais que trabalham nos Caps possuem diversas formações e integram uma equipe multiprofissional de técnicos de níveis superior e médio.

De acordo Berto Gonçalo, gerente de Núcleo de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde, os projetos terapêuticos devem ser singulares, respeitando as diferenças regionais, contribuições técnicas dos integrantes de sua equipe, iniciativas locais de familiares e usuários, assim como preservar as articulações intersetoriais que potencializem suas ações.

“O Caps é um serviço de saúde que tem mostrado resultados no Brasil e em Alagoas. As ações realizadas se caracterizam por ocorrer em ambiente aberto, acolhedor e inserido na cidade e no bairro”, afirmou Berto Gonçalo, ressaltando o tema da Organização Mundial de Saúde deste ano que destaca a importância da atenção primária e sua qualificação, bem como a promoção da saúde.

Neste sábado (10), é o Dia Mundial da Saúde Mental e para comemorar a data a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promove, na terça-feira, 14, a partida final da Copa Caps de Futebol Society, que contará com a participação de usuários, familiares e servidores de 42 Caps. Os jogos serão realizados no Clube dos Oficiais, na avenida Assis Chateaubriand, das 9h às 14h.

A ação faz parte de um trabalho que vem sendo desenvolvido junto às instituições para a socialização dos usuários com transtornos mentais, e ainda incluí-los socialmente, resgatando sua cidadania. “Este projeto da Copa Caps surpreendeu, porque ele nasceu de uma ideia simples e hoje conta com o apoio dos usuários, que estão muito entusiasmados, inclusive já surgiu a intenção de realizar uma Copa Caps Feminina”, relatou Gonçalo.

Para Berto Gonçalo, o dia 10 de outubro é uma data de reafirmação do compromisso com a causa antimanicomial e pelo fim dos hospícios, vistos como instituições ultrapassadas, a serem substituídas por formas de tratamento mais acolhedoras aos portadores de transtorno mental.

Ainda em sua avaliação, o paciente em tratamento não deve ficar necessariamente dentro do centro. “As atividades podem ser desenvolvidas fora do serviço como parte de uma estratégia terapêutica de reabilitação psicossocial, que poderá iniciar-se ou ser articulada pelo Caps, mas que se realizará na comunidade, no trabalho e na vida social”, finaliza.

Fonte: Agência Alagoas

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