Agropecuária alagoana reestruturada

O setor agropecuário alagoano está passando por uma reestruturação, depois de um período de quase 20 anos de desmonte. Segundo o secretário adjunto de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, a recuperação ocorre devido ao empenho do governo em direcionar programas e projetos para essa finalidade, a assinatura de convênios, que transferem recursos para Alagoas, e a realização de parcerias.

O secretário adjunto participou na manhã desta sexta-feira (9) de uma mesa de discussão junto com o governador Teotonio Vilela Filho; o diretor do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Paulo Vanderlei; o prefeito de Rio Largo, Toninho Lins; e o presidente da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra), José Fragoso Neto, como parte da programação da Semana do Engenheiro Agrônomo, no auditório do Ceca, em Rio Largo.

Como exemplo, José Marinho citou os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento da Embrapa (PAC Embrapa). Pelo PAC Embrapa, Alagoas recebeu R$ 953 mil no primeiro semestre de 2009, e nos próximos meses deverá receber mais R$ 3,75 milhões para investimento em pesquisas que beneficiem a agricultura familiar. A previsão é que em 2010 sejam liberados mais R$ 2 milhões.

“Além disso, estamos empenhados na recuperação da pecuária de leite na região da Bacia Leiteira. A Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) tem realizado cursos de inseminação artificial para os pequenos produtores, incentiva o cultivo da palma com uma nova metodologia, por meio do Projeto Alagoas com a Palma na Mão”, ressaltou.

“Temos um grande projeto chamado Alagoas Mais Leite, com ações não só na área de genética e nutrição animal, mas de comercialização, gestão, higiene e armazenamento do leite, com a instalação de tanques de resfriamento”, explicou Marinho.

Ele também citou a criação da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), que em apenas dois anos de funcionamento conseguiu retirar o Estado da zona de risco desconhecido da febre aftosa e passar para a zona de médio risco.

Segundo o secretário adjunto, o governo do Estado, por meio da Seagri, também revitalizou, em parceria com a Ufal e a Prefeitura de Rio Largo, o Núcleo de Piscicultura que fica no município. Atualmente a unidade produz 40 mil alevinos por mês, que são doados a comunidades rurais, assentados e quilombolas.

“Outra ação importante é a revitalização da cultura do coco em Alagoas. Para isso, estamos capacitando os produtores”, citou José Marinho. Ele destacou também a safra recorde de arroz obtida pelos arrozeiros da região do Baixo São Francisco. “Alguns produtores obtiveram 12 toneladas por hectare, superando até os Estados da região Sul. Para dar continuidade a essa produção, o governo já entregou mais de 130 mil quilos de sementes de arroz, que vão garantir a safra de 2010”, salientou.

Marinho destacou ainda um convênio do governo do Estado de R$ 1,6 milhão com a Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas (Asplana), cujo objetivo é garantir o acesso a tecnologia e infraestrutura para os pequenos e médios fornecedores do setor, que enfrentam uma crise sem precedentes. Segundo dados da Asplana, existem pelo menos 7.402 pequenos fornecedores de cana que enfrentavam dificuldades.

“Estamos recuperando o serviço de assistência técnica e extensão rural, com a contratação de bolsistas. Já conseguimos no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) um novo convênio de R$ 9 milhões para dar continuidade a esse serviço”, frisou José Marinho.

Para ele, todas essas ações só são possíveis graças ao empenho do governador Teotonio Vilela Filho, do secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas, da equipe da Seagri e da formalização de parcerias com entidades como a Embrapa, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Ufal e a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), entre outras instituições.

Fonte: Agência Alagoas

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