Delegado Antônio Carlos Lessa
Em entrevista ao Alagoas24horas, o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepol), Antônio Carlos Lessa, disse que a associação irá entrar com uma representação por calúnia contra o policial militar que acusou o delegado Ederaldo Azevedo dos Santos de liberar quatro presos, na noite de ontem (terça-feira), conduzidos à Delegacia de Arapiraca.
A resposta da Adepol veio depois que a Polícia Civil divulgou a informação que irá instaurar procedimento administrativo para apurar a denúncia envolvendo Azevedo.
Lessa contou que Azevedo esteve na Associação para pedir apoio e negou o crime de prevaricação. “O delegado contou que recepcionou os menores, apreendeu uma arma na casa da tia de um deles, fez o Boletim de Ocorrência e por, se tratar de posse e ainda estar no período legal para o desarmamento, não pôde fazer nada mais. Ou seja: não existiu crime”, frisou o presidente da Adepol.
Antônio Carlos Lessa acrescentou que a interferência de policiais militares tem causado mal-estar nas delegacias da capital e do interior. “Temos recebido várias denúncias informando que os policiais chegam muitas vezes impondo a autuação que deve ser feita, interferindo no trabalho que só cabe ao delegado”.
Segundo Lessa, a Adepol já encaminhou essas informações ao Comando da PM, a Secretaria de Defesa Social e a Polícia Civil. “Vamos relatar novamente o que está acontecendo e, se os militares continuarem causando problemas, nossa orientação é representar contra eles na justiça”.
