Abordagem leva tenente da PM à prisão

Uma abordagem policial de rotina – determinada pelo Comando de Policiamento da Capital – resultou na prisão do tenente André Luiz Aníbal Calvano, lotado no Batalhão de Policiamento de Eventos (BPE). A prisão ocorreu nesta quinta-feira, dia 29, por determinação do juiz auditor militar, José Cavalcanti Manso Neto. O tenente se encontra recolhido na Academia da Polícia Militar de Alagoas.

Ainda na tarde de ontem, o pai o oficial, Luis Antonio Calvano, que mora no Rio de Janeiro, entrou em contato com a reportagem do Alagoas24horas para denunciar o que ele acredita ser uma medida arbitrária. Segundo Calvano, seu filho teria sido preso em retaliação à abordagem feita por ele (Aníbal) a uma sargento da Polícia Militar, que trabalha na Auditoria Militar.

Em contato com a reportagem, via telefone, quando já estava preso, o tenente Aníbal contou o episódio e disse não entender a sua prisão. Segundo ele, a ronda ocorria normalmente quando ele avistou o veículo da sargento, por volta de 1h, de cor escura e com vidros fumês. O oficial disse ter determinado que a sargento parasse o veículo, quando ela teria se identificado como militar.

Apesar disso, o tenente alega ter dito que a sargento não poderia circular com o veículo irregular (a película com grau acima do permitido por lei), contudo, não registrou a abordagem e liberou a sargento e o seu veículo. A sargento, no entanto, teria relatado a abordagem na Auditoria Militar e teria denunciado o tenente por truculência. Questionado pela reportagem se em algum momento houve discussão entre ambos, o tenente Aníbal confirmou que a conversa ficou ‘áspera’.

Ainda na tarde de ontem, a reportagem do Alagoas24horas entrou em contato com o coronel Veríssimo, da 5ª Seção, para obter informações sobre o episódio. Contudo, o militar disse não saber do corrido, mas que iria se informar e posteriormente falaria com a reportagem, o que não aconteceu.

Na manha desta sexta-feira, dia 30, o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Wellington Fragoso, confirmou que o setor jurídico da entidade já ingressou com o pedido de habeas corpus pedindo a liberação do tenente Aníbal. “Do ponto de vista da associação defendemos a apuração do caso por meio de sindicância e inquérito, para que tudo seja solucionado da melhor maneira, até porque temos bom relacionamento com a Auditoria Militar.

Não há informações quando o pedido de habeas corpus será julgado. O tenente PM Aníbal foi recolhido por 72 horas. A reportagem do Alagoas24horas tentou entrara em contato com a sargento envolvida no episódio, mas não obteve êxito.

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