Fundado em 2 de dezembro de 1869, ainda no período imperial, o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (Ihgal) comemora 140 anos de existência este ano. Para marcar as festividades será lançado, no mesmo dia, o livro Memória das Alagoas, uma coleção de cartões e fotos postais que narram a história do Estado através dos tempos.
Comprovando a busca pela modernização da associação mais antiga em atividade no Estado, o professor Jayme Lustosa de Altavila, presidente do Ihgal, considera a ação como mais uma prova do dinamismo da entidade. “Este livro representa a propagação de um patrimônio existente na nossa instituição há mais de 120 anos, que estava guardado e agora pode ser compartilhado com os alagoanos”, conta Altavila sobre Memória das Alagoas, que exibe postais, em sua maioria, do fim do século XIX a meados do século XX.
A publicação é mais um resultado do convênio da instituição com o Gabinete Civil, que visa estimular a pesquisa e a produção de materiais atrelados à história do Estado. Na ocasião do lançamento de Memória das Alagoas, o governador Teotonio Vilela estará presente, assim como o secretário chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado. O secretário considera o papel do Instituto Histórico para a sociedade alagoana como um dos “mais respeitáveis centros da memória do Estado, daí vem a união de forças por parte do governo a fim de conservá-lo e mantê-lo vivo”.
O acervo do Ihgal calcula mais de 20 mil livros inventariados, sendo que destes, quatro mil são de autores alagoanos. Possui, ainda, aproximadamente quatro mil documentos históricos em processo de digitalização, uma hemeroteca com cerca de 88 títulos diversos — entre jornais e revistas antigos — , uma pinacoteca com obras raras de pintores como Rosalvo Ribeiro e mais de cinco mil artefatos expostos e divididos em peças etnográficas, históricas e arqueológicas.