Copom alerta população: trote é crime

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Conscientizar a população de que os trotes podem deixar de salvar vidas e de que uma das pessoas pode ser um parente ou amigo é uma das formas que o Centro de Operações da Polícia Militar de Alagoas (Copom) tem encontrado para sensibilizar a socieade de que esse tipo de atitude só prejudica quem precisa, além de prejudicar o Estado.

De acordo com as estatísticas fornecidas pelo Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods) e do próprio Copom, diariamente são recebidas cerca de 8 mil ligações nas centrais de atendimento de ocorrências na capital e na área metropolitana. Destas, cerca de 70% são trotes. Em outubro de 2008, foram registrados 2.063 casos de trotes, enquanto no mesmo período deste ano os casos registrados somaram 2. 739.

A grande parte das ligações, ainda de acordo com os dados, é originada de celulares, sendo a maioria feita por crianças em horários de intervalos nas escolas e em horário de almoço, quando voltam para as residências.

“Atitudes como essas só prejudicam a prestação de serviços às pessoas que realmente necessitam da PM, além de onerar o próprio Estado com o gasto desnecessário de combustível e o desgaste físico e mental do nosso efetivo ”, ressalta o coordenador do Copom, tenente-coronel Maxwell Santos.

Atualmente, 92 profissionais trabalham na área de atendimento que cobre a região metropolitana.

Campanhas – Para se juntar ao trabalho de conscientização junto à população e às unidades de ensino para evitar o trote, algumas escolas estaduais saíram na frente e implantaram projetos para deter esse mal.

Um deles é o programa “Um por todos e todos por um, pela ética e cidadania”, cujo projeto-piloto foi implantado na Escola Estadual Tavares Bastos, situada na Praça do Centenário, no bairro do Farol. “Nesse projeto, nosso alunos têm orientação de como utilizar os bens públicos, como os telefones e orelhões dentro da política de cidadania”, ressalta Thâmara Lima, diretora adjunta da escola que atende a 1.584 alunos em três turnos.

“Fora nossa escola, esse projeto também foi implantado em uma das escolas de Arapiraca”, acrescenta Thâmara. Ela frisa que o projeto-piloto foi feito em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU).

Outra escola estadual que se engajou na campanha para evitar trotes nos orelhões públicos é a Escola Estadual Moreira e Silva. “Nossa escola se engajou com o incentivo de várias palestras, cartazes para conscientizar os alunos sobre o bom uso de orelhões durante o período compreendido entre março e maio deste ano”, confirma Ofélia Regina Cerqueira, diretora adjunta da Escola Moreira e Silva, que tem cerca de 2 mil alunos.

O artigo 340 do Código Penal, decreto-lei nº 2.848/40, estabelece a punição dos que fazem trotes telefônicos para os serviços públicos. Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crimes ou contravenção sem veracidade resulta em pena de um a seis meses ou multa.

Fonte: Agência Alagoas

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