Em parceria com prefeituras, a Vale Verde tem ofertado cursos de qualificação para moradores da zona rural
A instalação da Mineração Vale Verde no Agreste de Alagoas começa a modificar o cenário econômico da região. A geração de emprego e renda tem sido o forte do novo empreendimento, que nos próximos dois anos deve gerar uma média de 2 mil empregos diretos com investimentos de R$ 1 bilhão. Mas as ações da empresa, que contam com apoio do governo do Estado, têm ido além do crescimento da economia no interior. Projetos de responsabilidade social vêm se constituindo num forte movimento de valorização da cidadania, capacitação e formação profissional, além da preservação do meio ambiente.
A direção da empresa sabe que para garantir o acesso de moradores da região ao trabalho, o principal caminho é a formação educacional e a capacitação profissional. Mas ainda é preciso ampliar a oferta de ensino na região, principalmente na área da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O índice de escolaridade é muito baixo nas localidades. Neste sentido, a direção da Vale Verde inicia projeto para incentivar a população de municípios da região a estudar.
De acordo com o diretor da mineradora, Carlos Bertoni, a Vale tem como prioridade contratar trabalhadores da região, mas para isso é preciso que eles tenham pelo menos o Ensino Fundamental completo. Daí a necessidade de formação educacional. “Chamamos a atenção para este fato. Estamos buscando parcerias para que sejam ampliados cursos de Educação de Jovens e Adultos”, adianta Bertoni. Ele diz que tem informado prefeitos do interior sobre a necessidade de qualificação dos trabalhadores.
Mas já antecipando a transformação social e econômica da região, a Vale Verde tem ofertado cursos de qualificação, principalmente para moradores da zona rural. As ações têm contado com parcerias de prefeituras e órgãos responsáveis socialmente. Recentemente, a mineradora promoveu curso de azulejista e de encanador em parceria com o Senai e anuncia para dezembro mais um curso de cozinha por meio do projeto Mesa Brasil, do Sesc, a ser realizado em parceria com a prefeitura de Girau do Ponciano. Este projeto é destinado às merendeiras do município.
“Quando estivermos em plena operação, geraremos 2 mil empregos diretos e uma média de outros 3 mil indiretos. Todos estes trabalhadores vão precisar fazer refeições e com a capacitação das comunidades, os próprios moradores poderão fornecer a alimentação”, sugere Carlos Bertoni. Ele comunica a execução de mais projetos sociais para comunidades da região, entre os quais a formação de um viveiro de plantas, já com vistas ao fornecimento de árvores nativas para reflorestamento.
“Estamos executando todo o projeto para a comunidade e, quando pronto, a Vale vai comprar deles mesmos as mudas necessárias para o projeto de reflorestamento da mineradora”, antecipa o diretor. Bertoni deixa claro que a intenção da mineradora é manter as famílias no campo e promover mais qualidade de vida para a população. “Reafirmo a necessidade de levar educação para os moradores, para que não precisemos importar trabalhadores de outros estados”, acrescenta o diretor, ressaltando o apoio do governo do Estado para a implantação da mineradora em Alagoas. “O governador Teotônio Vilela tem feito um bom trabalho”, afirma Bertoni.
Dentro desta proposta de levar educação aos moradores do interior, a diretora de projeto sociais do Sesc Alagoas, Cléia Costa, comunica que a unidade de Arapiraca, inaugurada sexta-feira (27), está com turmas abertas para Educação de Jovens e Adultos. Ela também reforça a importância do estudo para o desenvolvimento da região. “Vamos nos unir em parceria para levar educação às pessoas”, enaltece.
