Ex-atacante do CRB tenta sorte na Dinamarca

Arquivo pessoalDelani em ação pelo Vejle, clube dinamarquês que defende desde 2007

Delani em ação pelo Vejle, clube dinamarquês que defende desde 2007

Em janeiro de 2004, o Botafogo apresentou o “primo de Kaká” como um de seus reforços. Sem uma boa passagem pelo Alvinegro, o atacante Delani não conseguiu desvincular seu nome do parente famoso e até hoje é mais lembrado pelos botafoguenses por causa do primo. Atualmente no Vejle, da Segunda Divisão da Dinamarca, o jogador garante que não se importa de ser associado ao meia da seleção e do Real Madrid. Mas conta que as comparações são bem menores.

"Sempre o começo de qualquer coisa na vida é difícil, mas o ser humano se adapta. Hoje em dia não tenho problema nenhum. Aqui nem tocam muito nesse assunto, não é como antes. No Brasil, saía sempre “o primo do Kaká” nos jornais, não era Delani. Mas não sou um cara que se apega muito a isso de ter a minha identidade aparecendo. Eu gosto de jogar bola. Eu jogando, não tenho problema com o que falam" – disse o jogador.

O jogador também teve um rápida passagem pelo Clube de Regatas Brasil (CRB), em 2007. O atacante integrou o elenco alvirrubro graças à parceria firmada entre o Galo e o ex-jogador da seleção brasileira Ricardo Torres. Apesar do parentesco famoso, Delani não rendeu o esperado e foi devolvido ao Botafogo e de lá comercializado para a Europa.

Eduardo Delani e Kaká são bem próximos. Os pais dos dois são irmãos. E as mães dos dois também são irmãs. Por isso, eles mantém contato até hoje. E na opinião do atacante, jogar na Europa até os aproxima.

"A gente conversa bastante. Ficou mais fácil morando aqui. Fui visitar ele uma vez só, quando ele ainda estava em Milão, em uma folga de quatro dias que tive. Quando as folgas são maiores, a gente costuma ir para o Brasil", contou.

Jogador das categorias de base do Cruzeiro, Delani chegou ao Botafogo depois de defender o Marília em 2003 e inclusive fazer um gol no time carioca durante a Série B. Apesar de não ter tido sucesso no Alvinegro, ele guarda boas lembranças da passagem.

"Sempre tive boas recordações de onde passei, sempre fiz bons amigos. Claro que no Botafogo tive um momento complicado. Mas por estar em um clube grande como o Botafogo, jogando no Maracanã lotado, foi muito bom."

Depois do Botafogo, Delani foi para o Halmstads BK, da Suécia, tornando-se o primeiro Brasileiro a jogar pelo clube. A melhor lembrança para ele foi em uma partida da antiga Copa da Uefa (atualmente Liga Europa), quando a equipe eliminou o Sporting Lisboa da competição em 2006, em Portugal.

Frio é o maior problema. Antes de ir para o treino, Delani encontra o carro coberto de neve. O atacante teve ainda uma rápida passagem pelo CRB-AL antes de voltar para a Europa e chegar ao Vejle, rebaixado para a Segunda Divisão dinamarquesa na última temporada. Apesar da fase ruim vivida pelo clube, ele destaca a qualidade da estrutura.

"Tudo é muito perfeito. Não tem problema de pagamento, o Centro de Treinamento é ótimo, o estádio também" explicou.

As únicas lamentações de Delani são o frio e a saudade do Brasil. Pela qualidade de vida, a monotonia da cidade de apenas 50 mil pessoas é esquecida. E até a comida, antes um problema, já não preocupa mais depois de dois anos e meio na Dinamarca.

– É um pouco monótono, mas tem um lado bom também, porque sou muito caseiro. E aqui é tranquilo, posso sair na rua com meu filho. O frio e a comida são os fatores mais difíceis, mas com a comida já nos adaptamos porque sabemos onde comprar as coisas. O frio é muito ruim, principalmente em janeiro, fevereiro. Às 16h já está escuro. Às vezes bate muita vontade de voltar ao Brasil, jogar perto dos amigos e da família.

Fonte: globoesporte.com

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