Ex-líder na Gangue Fardada depõe sobre morte de cabo da PM

Luis Vilar/Alagoas24horasCavalcante é levado para depor na sede provisória do Fórum do Barro Duro

Cavalcante é levado para depor na sede provisória do Fórum do Barro Duro

O ex-tenente-coronel da Polícia Militar de Alagoas, Manoel Francisco Cavalcante, acusado de liderar a organização criminosa conhecida como Gangue Fardada, depõe na manhã desta segunda-feira, dia 14, ao juiz Maurício Brêda, da 7ª Vara Criminal da Capital. Cavalcante cumpria pena no Presídio Bangu VI, no Rio de Janeiro, de onde foi trazido para o Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, por determinação judicial.

Cavalcante deporá sobre a morte do ex-cabo da Polícia Militar José Gonçalves da Silva Filho, o cabo Gonçalves, crime ocorrido em 1996, próximo a um posto de combustíveis na Via Expressa. Em depoimentos anteriores, Cavalcante assumiu a co-autoria do crime e alegou que o assassinato teria sido ‘encomendado’ pelo deputado João Beltrão, com o ‘conhecimento’ dos deputados Antonio Albuquerque e Chico Tenório. Os deputados estaduais chegaram, inclusive, a ser presos pelo crime, durante a Operação Ressugere.

Além do ex-tenente-coronel, deverão depor sobre o crime Talvanes Lins da Silva, Valdomiro dos Santos Barros e os ex-militares Eufrásio Tenório da Silva, o Cutita, Daniel Luiz da Silva Sobrinho. Além destes, deveriam ser ouvidos Paulo Nei de Moares, Marcos Antonio Cavalcante e Jaires da Silva Santos, que se encontram foragidos. Os demais foram liberados após cumprir penas por outros crimes.

Segundo o integrante do Ministério Público, Marcos Mousinho, Cavalcante já teria assumido a co-autoria do crime e indicado todos os demais participantes. O defensor, no entanto, disse que o Ministério Público – devido à complexidade do processo – só deverá anunciar posteriormente se pronunciará os réus.

Na chegada ao fórum, que funciona provisoriamente no edifício Blue Tower, no Barro Duro, sob forte escolta, Cavalcante não quis falar com a imprensa. Não há horário previsto para o término dos depoimentos.

Em julho deste ano, o juiz Maurício Brêda ouviu o depoimento de 16 pessoas – entre testemunhas e acusados de envolvimento no assassinato. Entre as testemunhas, o magistrado ouviu a irmã do ex-cabo, que afirmou que Gonçalves havia fugido de Alagoas temendo por sua vida e só voltou quando teve a prisão decretada pelo juiz de União dos Palmares, onde respondia processo por assassinato.

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