Safra de cana sofrerá redução de 20%

IlustraçãoCana de açúcar

Cana de açúcar

O presidente da Cooperativa de Crédito Rural dos Plantadores de Cana de Alagoas (Coplan), Fernando Rossiter, revelou esta semana que haverá uma redução de 20% na produção de cana-de-açúcar entre os pequenos e médios produtores do estado. Está afirmação foi justificada com o aumento de 100% no preço do adubo, que passou de hum mil reais em 2008, e o atraso no pagamento dos fornecedores comprometendo a safra 2009/2010.

Além da ausência dos tratos culturais necessários, os plantadores alagoanos e do nordeste enfrentam desde setembro uma estiagem severa. “Na região sul de Alagoas de setembro até o momento choveu um pouco somente esta semana. A estiagem prejudicou ainda mais esta safra o que também irá refletir na safra 2010/2011”, declarou o presidente da Coplan.

Apesar das perdas, o setor destaca uma pequena melhora com a valorização do açúcar no mercado internacional. Em 2009 a tonelada da cana de açúcar no estado está sendo comercializada em média por R$ 50,00. No ano passado este valor não chegou aos R$ 40,92, valor mínimo calculado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dando direito aos plantadores de cana a habilitar-se a receber a subvenção. “O setor precisa de uma maior união, além da integração entre os governos estadual e federal, as entidades de classe industrial e plantadores devem juntos prestar um serviço que integre um planejamento social”, apontou.

Em abril deste ano a Coplan completou 70 anos de existência que foi lembrada, porém não houve comemoração. “A cooperativa tem sobrevivido graças à dedicação de seus dirigentes. É uma luta árdua, pesada, mas não desistimos. Quem trabalha com agricultura no estado de Alagoas está sempre vencendo uma batalha a cada ano e a Coplan é hoje um reflexo do setor. Espero que em 2010 não sejamos pegos de surpresa pelo clima e que a tão sonhada integração dentro do setor aconteça”, almejou.

Avaliando o ano de 2009 o diretor administrativo da cooperativa de crédito do setor, Juarez Acioli, ressaltou outro fator positivo o preço do adubo. “Ano passado enfrentamos uma alta no adubo sem explicação. As fábricas argumentavam a instabilidade do mercado externo, porém o preço do dólar não oscilou muito, não para justificar o aumento de 100%. Em 2009 os preços voltaram a ser comercializados dentro da realidade, vendidos hoje em média por R$ 600,00”, informou.

Fonte: Assessoria

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